Pelo menos 14 pessoas morreram nesta quinta-feira em ataques na capital iraquiana, Bagdá, no primeiro dia das eleições parlamentares no país.
Sete pessoas foram mortas em atentados suicidas contra seções eleitorais, e outras sete, incluindo quatro crianças, em um mercado.
As eleições parlamentares são consideradas um teste para as forças de segurança iraquianas, que se preparam para a redução das tropas americanas no país nos próximos meses.
Os Estados Unidos planejam diminuir pela metade o número de soldados no país nos próximos meses e deixar o Iraque em definitivo em 2011.
Insurgentes ameaçaram sabotar as eleições. Na quarta-feira, três homens-bomba atacaram uma delegacia e um hospital na cidade de Baquba, matando pelo menos 30 pessoas.
A maioria dos eleitores deve votar no domingo. Mais de 6 mil candidatos disputam 325 assentos no Parlamento.
A aliança xiita comandada pelo primeiro-ministro Nouri Al-Maliki faz campanha com o argumento de que é responsável por uma substituição significativa da violência sectária no país desde que assumiu o poder, em 2006.
A coalizão de Maliki enfrenta a oposição de diversos grupos, incluindo uma aliança xiita com o apoio do clérigo radical Muqtada al-Sadr e um grupo político apoiado pelo ex-primeiro-ministro Iyad Allawi.
Atentados
No primeiro atentado desta quinta-feira, uma explosão atingiu um mercado movimentado.
A primeira versão indicava que disparos de morteiro direcionados contra uma seção eleitoral próxima atingiram o local, mas outros relatos sugerem que o ataque foi realizado com uma bomba plantada na região.
O segundo ataque ocorreu em um posto de votação, quando um militante suicida detonou os explosivos que carregava, e deixou três mortos e 15 feridos.
As autoridades locais suspeitam que os responsáveis sejam membros da Al-Qaeda – que, dias antes, espalharam folhetos no bairro alertando contra a votação.
Quase uma hora depois, outro militante suicida detonou seus explosivos no centro da cidade, deixando pelo menos quatro mortos e dez feridos.
A maior parte dos eleitores que votaram nesta quinta-feira era formada por integrantes das forças de segurança, pacientes de hospitais e prisioneiros.
Fonte: BBC Brasil