Pela primeira vez, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), Yukiya Amano, afirmou que o governo do presidente da Síria, Bashar Al Assad, é suspeito de manter um programa de energia nuclear. Amano disse ontem (28) que em 2007 reatores em construção no país foram destruídos por aviões israelenses.
As informações são da rede estatal de televisão japonesa, a NHK. Especialistas informaram que integrantes dos países que fazem parte da Aiea poderão exigir uma investigação sobre o assunto antes da reunião do conselho-geral, marcada para junho.
A Aiea revelou os dados sobre a Síria no momento em que o governo Assad é alvo de uma série de manifestações contrárias à sua gestão. Os manifestantes protestam contra o autoritarismo, a violação de direitos humanos e de liberdades. A comunidade internacional pressiona o presidente, que é acusado de gerar violência na tentativa de conter os protestos.
Amano não forneceu mais detalhes sobre o programa nuclear da Síria. No entanto, as autoridades do país informaram que a instalação que foi destruída pelos israelenses não estava relacionada com as atividades nucleares. Os norte-americanos, porém, afirmaram que havia um programa secreto nuclear na Síria.
De acordo com os norte-americanos, estava em construção uma instalação nuclear em parceria entre os governos da Síria e da Coreia do Norte. Segundo especialistas, se for verdade o projeto viola as orientações da Aiea porque não houve informação oficial sobre a construção.
Agência Brasil