A presidenta Dilma Rousseff a operação que trouxe para o Brasil o senador boliviano Roger Pinto Molina. Segundo ela, os países têm a obrigação de proteger seus asilados, garantido a segurança e a integridade física deles. “Lamento que um asilado brasileiro tenha sido submetido à situação que este foi. Um Estado democrático e civilizado, a primeira coisa que faz é proteger a vida e garantir a segurança dos seus asilados”, afirmou.
Dilma negou que as condições em que o senador estava abrigado na Embaixada do Brasil em La Paz fossem precárias. Ao justificar a operação, o diplomata Eduardo Saboia, principal articulador da operação, alegou razões humanitários. Saboia chegou a comparar a situação do senador à da presidenta Dilma, quando esteve presa durante o regime militar.
“Garantimos conforto ao asilado”, disse a presidenta, que garantiu não existir qualquer similaridade entre a sede diplomática brasileira e o Destacamento de Operações de Informações-Centro de Operações de Defesa Interna, o DOI-Codi, órgão de repressão onde ela ficou presa durante a ditadura militar. “Eu sei o que é o DOI-Codi e asseguro a vocês: é tão distante o DOI-Codi da embaixada brasileira em La Paz como é distante o céu do inferno”, disse.
Sobre a participação de fuzileiros navais na operação que trouxe o senador boliviano ao Brasil, Dilma Rousseff disse que o ministro da Defesa, Celso Amorim, vai esclarecer ainda hoje a questão.
Depois de passar 454 dias na embaixada brasileira em La Paz, Pinto Molina chegou a Corumbá (MS) no sábado (24/08) depois de uma viagem de 22 horas em um carro da Embaixada do Brasil, escoltado por fuzileiros navais. O senador está agora em Brasília.
Agência Brasil