Depois do governo da Grã-Bretanha, a França anunciou hoje (2) o fechamento da embaixada na Síria. As autoridades francesas informaram que a decisão foi motivada pelas ações de repressão do governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, à população.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, foi duro nas críticas a Assad. “[O ministro das Relações Exteriores da França] Alain Juppé e eu decidimos fechar a nossa embaixada na Síria. “O que se passa é um escândalo. Há mais de 8 mil mortos, inclusive centenas de crianças, e a cidade de Homs ameaça ser riscada do mapa. É absolutamente inaceitável”, disse ele.
Sarkozy garantiu que a França seguirá todas as recomendações da União Europeia e do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para adotar medidas mais rigorosas contra Assad. “Não vamos fazer nada sem uma resolução do Conselho de Segurança”, disse ele.
Ontem (1º) o chanceler da Grã-Bretanha, William Hague, anunciou o fechamento da embaixada britânica em Damasco, capital da Síria. Também confirmou a retirada do embaixador e dos demais funcionários da representação diplomática. Segundo ele, a medida foi tomada devido à deterioração das condições de segurança no país.
O Brasil tem posição oposta à dos britânicos e franceses. O governo brasileiro vai manter o embaixador na Síria, Edgard Antonio Casciano. O objetivo das autoridades é demonstrar que a presidenta Dilma Rousseff se dispõe a cooperar com o diálogo em busca do fim do impasse no país.
O Brasil acompanha a Turquia, que comanda as negociações de paz na região, e manterá em funcionamento a embaixada em Damasco. De acordo com diplomatas que participam das negociações, o Brasil vai manter a representação diplomática na Síria para dar suporte aos cerca de 3 mil brasileiros que vivem no país e para indicar sua posição em favor de operações pacíficas.
Agência Brasil