A alta comissária da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu hoje (5) que o governo norte-americano divulgue os detalhes da operação que resultou na morte do líder e fundador da Al Qaeda, Osama Bin Laden, no Paquistão – no último domingo (1º). Ela quer esclarecer as dúvidas que envolvem a legalidade da ação.
“Aguardo a divulgação completa dos fatos precisos. Acredito que não apenas o meu escritório, mas qualquer um tem o direito de saber exatamente o que aconteceu”, disse Pillay. “As Nações Unidas condenam o terrorismo, mas também têm regras básicas sobre como deter atividades terroristas. Isso deve ser feito respeitando as leis internacionais.”
A legalidade da operação vem sendo alvo de perguntas e dúvidas, depois que o governo dos Estados Unidos confirmou que Bin Laden não estava armado no momento em que foi morto.
Ontem (4) a organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional disse que os militares norte-americanos deveriam ter capturado Bin Laden vivo, pois ele não estava com armas. O líder da Igreja Anglicana, arcebispo Rowan Williams, disse que o assassinato de um homem desarmado causa desconforto.
“Creio que a morte de um homem desarmado sempre vai deixar uma sensação desconfortável porque não parece que se fez justiça”, disse o religioso. “Acredito ser também verdade que a diferentes versões sobre o que aconteceu que surgiram nos últimos dias também não ajudam”, completou.
Agência Brasil