“Vamos tomar o poder pela força”, ameaça líder

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Moçambique: Líder da RENAMO ameaça

Líder da RENAMO não aceita os resultados preliminares das eleições, que põem o seu partido como a terceira força política, atrás do MDM
Líder da RENAMO não aceita os resultados preliminares das eleições, que põem o seu partido como a terceira força política, atrás do MDM

Da redação do JM online
A chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Europeia em Moçambique, Fiona Hall, considerou inaceitáveis as ameaças feitas pelo líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, de tomar o poder pela força.

Reagindo aos resultados preliminares das eleições da quarta-feira passada, que dão larga vantagem ao atual presidente – Gebuza contava ontem com 1 239 055 votos (77%) contra 188 613 (12%) de Simango (MDM) – , Dhlakama afirmou: “Este ano não vamos tolerar brincadeiras. Se houver fraude o partido vai tomar o poder à força.”

Dhlakama alegou a existência de irregularidades nas votações de Angoche e Nacala-Porto, onde muitos eleitores não puderam votar por não constarem dos cadernos eleitorais. Na ilha de Moçambique, afirmou, nenhum militante do partido votou, pelo que é exigível uma segunda votação.

Nas votações para legisladores, os resultados parciais apontavam ontem, também, para uma vitória esmagadora da FRELIMO, com o recém-formado Movimento Democrático para a Mudança (MDM) em segundo lugar, remetendo a RENAMO para terceira força partidária.

Os observadores europeus consideraram, no entanto o ato transparente e rigoroso. O eurodeputado José Manuel Fernandes assegurou ao CM que houve grande profissionalismo e civismo na votação e muita competência e rigor na contagem de votos.

Ainda não há números oficiais dos resultados, mas o MDM reivindica ser a segunda força mais votada na capital do país.

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