Em 1863, o químico alemão August W.V. Hofmann descobriu as propriedades de coloração do composto PPD (p-fenilenodiamina), derivado da anilina, que após a exposição com um agente oxidante conferia tons de marrom aos cabelos. Ele realizou estudos de classificação das aminas, um grupo específico de substâncias orgânicas.
Quatro anos depois, na Exposição de Paris, o farmacêutico britânico E.H. Thiellay e o cabeleireiro francês L. Hugot demonstraram a técnica e as vantagens da descoloração dos cabelos utilizando o peróxido de hidrogênio.
Em 1907, Eugene Schueller, fundador do grupo L´Óreal, descobriu e comercializou a primeira tintura sintética permanente oxidante com o nome de “Auréole”, com capacidade de clarear a cor natural dos fios dos cabelos. A partir disso, a indústria de cosméticos disparou no desenvolvimento de substâncias e maneiras de colorir os cabelos. Em 1931, foi lançado o xampu tonalizante e em 1953 o creme tonalizante permanente (DRAELOS, 2005 apud OLIVEIRA et al., 2014).
Para tingir os fios, as egípcias usavam tinturas naturais, vegetais e minerais. Extratos de plantas como a henna, a nogueira e a camomila também eram utilizados na antiguidade.
A tinta de cabelo é um produto cosmético formulado para alterar a cor dos fios, seja temporariamente, semi-permanente ou permanentemente. Ela serve para quem deseja inovar no visual, cobrir fios brancos ou, simplesmente, realçar o tom natural do cabelo.
A criação da tinta costuma ser atribuída aos egípcios, também muito conhecidos pela sua cultura que prezava pela arte decorativa. Isso porque eles foram o primeiro povo a dar início à pintura com variedade de cores e fabricavam as tintas com materiais encontrados em suas terras e regiões próximas.
Os primeiros pigmentos sintéticos só surgiram entre 8.500 a 5.800 a.C. Para terem cores adicionais, o povo egípcio importava anileira e garança, dois tipos de plantas, da Índia. Com a anileira era possível ter o azul profundo enquanto o uso da garança podia produzir nuances de vermelho, marrom e violeta.