Situação da saúde pública no DF ainda deixa a desejar, admite secretário

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Brasília – O secretário adjunto de Saúde do Distrito Federal (DF), Elias Fernando Miziara, reconhece que a “atual situação da rede pública deixa muito a desejar e está longe do que se pode considerar minimamente satisfatório” – tanto para os gestores e profissionais de saúde quanto para a população.

 

Em entrevista à Agência Brasil, o secretário admitiu que a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) no DF tem um histórico de mau atendimento e de situação caótica. “Estamos recuperando o ânimo do servidor, a estrutura administrativa, recompondo os estoques de medicamento, fazendo a atualização de equipamentos, reorganizando o sistema. E isso não se faz rapidamente”, justificou.

 

A equipe de reportagem da Agência Brasil percorreu, na segunda quinzena de outubro, hospitais regionais do DF, além de centros de saúde e da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Samambaia, a única entregue pelo governo. As queixas mais frequentes dos pacientes são a demora no atendimento, a quantidade insuficiente de médicos de plantão e a falta de informação.

 

Para Miziara, enquanto o Programa Saúde da Família não for expandido no DF, os problemas devem permanecer. Segundo ele, a previsão é que pelo menos 170 novas equipes sejam formadas até dezembro, aumentando a cobertura do programa para 30% da população do DF. Atualmente, o índice é inferior a 12%.

 

“Sabemos onde está a população e temos que colocar equipe disponível lá, próximo dela”, disse. “A proposta é, no contexto da atenção primária, disponibilizar atenção ao grupo familiar, não apenas uma atenção especializada como pediatria ou cardiologia. A pessoa vai chegar lá e não vai ser o número tal. Será o fulano que mora na rua ali pertinho. Você muda totalmente a perspectiva”, explicou.

 

O secretário destacou ainda que pelo menos 35% da população do DF têm planos de saúde e não recorrem aos SUS. “Se tivermos um serviço organizado, funcionando dentro do esquema que estamos tentando implementar, daremos conta da atenção à população.”

 

Agência Brasil

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