Professores da rede municipal e estadual de Mutum participaram de um importante Seminário Cultural Ambiental. Segundo Leonardo Moreira, gerente de Marketing da Porto Alegre o objetivo é aproveitar a escola como meio multiplicador de conhecimentos difundindo conceitos de educação ambiental. A Porto Alegre e a Tetra Pak em parceria com a Prefeitura de Mutum, através da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável/SEMADES promoveram o evento que teve mais de 50 educadores participando. A Porto Alegre continua investindo no desenvolvimento social e sustentável nas localidades onde atua.
O evento foi realizado no dia 29 de abril de 2014, no salão paroquial da Matriz de São Manoel, em Mutum/MG. Os participantes receberam orientações sobre como desenvolver programas de reciclagem nas escolas, visando à conscientização de crianças e jovens sobre a responsabilidade de cada um. Todos os professores receberam um “kit educação ambiental” composto de cartilhas, vídeos educativos, revistas e cartazes do ciclo de vida das embalagens. Genilson Tadeu, secretário de meio ambiente, recebeu um “kit escola”, composto de liquidificador e instrumentos para reciclagem de papel, que ficará a disposição de todos educadores.
O programa Cultura Ambiental nas Escolas, criado em 1997, já beneficiou mais de seis milhões de estudantes e mais de 40 mil escolas públicas e privadas com informações sobre coleta seletiva e reciclagem. Os educadores de Mutum poderão dar continuidade à formação através do site www.culturaambientalnasescolas.com.br que oferece gratuitamente informações completas, desde como gerenciar e selecionar o lixo, até o processo de reciclagem de cada material. Trata-se de uma importante ferramenta interativa, o que desperta o interesse das crianças que poderão adquirir o conhecimento brincando nos jogos e assistindo os vídeos.
Durante a oficina os servidores públicos municipais Amarildo Pereira da Costa e Marlúcio Pereira da Costa que trabalham na coleta de lixo, deram uma importante contribuição. “Nosso trabalho é muito pesado, no latão está indo muito pau, pedra, ferro, terra e muita areia. Nós somos quatro homens que trabalham no caminhão, gasta os quatro para poder levantar o latão, na segunda-feira nós fazemos a rota toda na cidade de Mutum, e a partir da terça-feira, fazemos nas vilas, na segunda-feira pesa de mais, fazemos quatro viagens com o caminhão de lixo socado, não temos horário de almoço, pegamos direto para dar conta. Eu gostaria de pedir a vocês para falar com as pessoas para não colocar pau, pedra, terra e areia, peço sua colaboração para colocar o lixo nas sacolas, assim, pegamos as sacolas sem ser preciso levantar o latão”. Disse Amarildo.
O empresário Paulo Roberto morador de Lajinha, que após acertar a parceria com a prefeitura de Mutum, resolveu o problema da cidade relativo ao descartes de ossos nos lugares indevidos, hoje o Sr Paulo recolhe todo dia um total aproximado de 500 Kg de ossos em Mutum, trabalho este que faz também em Lajinha (500 Kg) e Chalé (300 Kg), é uma parceria que resolveu um problema. “Depois que passamos a recolher os ossos, este tipo de sujeira deixou de existir na cidade, todos os dias fazemos a coleta de segunda a sábado, fazemos a coleta nos açougues, supermercados e no matadouro. Antes os ossos iam para o aterro sanitário. Empresa também gera emprego, pois eu tenho quatro funcionários e dois caminhões trabalhando nesse serviço fazendo a limpeza da cidade”. Explica Paulo Roberto.
Frutificando o Município
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais/APAE apresentou o projeto “Frutificando o Município” no qual seus alunos provem o cultivo e distribuição de mudas frutíferas para a comunidade, visando a conscientização das pessoas para com o maior símbolo da natureza. Segundo Cristina Lamarca, coordenadora do projeto, “A árvore é sinônimo de vida e dela recebemos incontáveis benefícios, como a manutenção da qualidade de vida. Nosso projeto tem haver com este brilhante Seminário Cultura Ambiental”.
VEJA ALGUNS DEPOIMENTOS DE EDUCADORES:
“Considero que foi muito positivo trabalho da orientadora Elaine. Ficou bem claro, objetivo e foi muito proveitoso. Nossa missão agora é conscientizar os alunos, que são hoje, os grandes semeadores desta cultura. Vamos trabalhar para que nossos alunos possam se beneficiar de um ambiente favorável a convivência” disse Nelson Almeida, educador de matemática para o ensino fundamental I, II e ensino médio.
“Eu acho que falta prática. Mutum já tem toda teoria apresentada nesta oficina. Nossa cidade tem problemas sérios com lixo. Não temos aterro sanitário, temos um lixão. A responsabilidade é de todos nós. Existem algumas obras que não dão votos, porque são obras subterrâneas como o esgotamento e o tratamento de água. Enfrentar os problemas ambientais é uma questão de saúde pública, quanto mais se trata o lixo, menos gente vai para o Hospital. O Seminário é bom. Mas Mutum precisa de muito mais”, relatou-nos Ricardo Machado, educador de geográfica do ensino médio.
“O Seminário foi ótimo. Aprendemos muito e fizemos muitos esclarecimentos, principalmente nesta área de reciclagem daquilo que consumimos e fazemos virar lixo”, disse Lucimeiry Aparecida, educadora da Apae.
“A oficina foi muito interessante e trouxe muitos esclarecimentos para nossa cidade. Mutum é uma cidade pequena, ainda em desenvolvimento e tem uma grande geração de lixo. A oficina vem ajudar-nos a trabalhar isso com nossos alunos e com a população mutuense. Se a gente começar agora, evitaremos muitos transtornos futuros. Parabéns a Porto Alegre pela iniciativa” declarou Miriam Lima, bióloga, educadora de ciências e biologia.
FOTOS DO EVENTO:
Povo consciente ajuda bastante a cidade
Secretário de Meio Ambiente de Mutum Genilson Tadeu
Segundo o Genilson, a secretaria de meio ambiente tem buscado desenvolver muito a questão da educação ambiental, “precisamos atuar nas lideranças, nas escolas, igrejas, em todas as comunidades e também divulgar. Esse seminário tem uma grande importância, estamos trabalhando aqui cinquenta educadores de escolas municipais e estaduais, levando a informação a todas as escolas do município e são mais de quinze escolas contando os distritos e a sede e foi muito importante o depoimento dos trabalhadores demonstrando um pouco das suas atividades o que muitas vezes não vemos a dificuldades que eles encontram para fazer seu trabalho, a população pode contribuir para que o trabalho deles sejam feito de melhor forma possível”. Comenta o secretário.
Os vereadores poderiam dar uma grande contribuição elaborando leis que venham de encontro ao trabalho dos garis, na região os trabalhadores no setor de coleta de lixo, trabalham dobrado se comparar com outros centros maiores onde há uma fiscalização maior e até multas para quem coloca pedras, ou terra no lixo. Fala-se tanto na conscientização, mas quanto tempo necessita uma sociedade para conscientizar? Se não houver legislação, fiscalização, vantagem para quem colabora e multa para quem desobedece, será difícil essa conscientização se não houver lei e fiscalização.
“O aterro sanitário de Mutum está muito complicado desde a gestão passada vem sendo feito um trabalho não muito adequado e nós temos trabalhado para adequar e isso depende de recursos e de estrutura e quem faz a gestão do aterro é a secretaria de obras ela é quem tem os equipamentos necessários, nós atuamos mais na cobrança da ação dentro do aterro.
Está na secretaria do meio ambiente é um desafio muito grande, estamos trabalhando dentro da secretaria para criar um sistema de gestão ambiental para o município, a nossa proposta é criar uma lei de politica ambiental municipal além de um programa de gestão com um corpo técnico para elaboração de projetos para licenciamento fiscalização e controle ambiental além da questão do paisagismo da jardinagem e outras atividades que poderia ser atribuições da secretaria”. Finaliza o secretário