O resultado parcial das assembleias realizadas em todo o país por sindicatos filiados à Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) aponta para a deflagração de greve na categoria na próxima terça-feira (7). Até as 15h de hoje (3), 13 de 27 entidades representativas dos agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal haviam votado a favor da paralisação. As reuniões prosseguem até segunda-feira (6).
Caso a maioria das assembleias decida a favor da paralisação, os policiais cruzarão os braços a partir das 8h de terça-feira. Segundo o diretor de Estratégia Sindical da Fenapef, Paulo Paes, o clima entre os servidores é de apoio à greve. “A tendência é que todo mundo faça, até porque o indicativo [de greve] já foi aprovado em todos os estados”, disse Paes.
Os policiais reivindicam que os salários dos agentes, escrivães e papiloscopistas seja equiparado aos dos delegados. De acordo com a Fenapefe, a remuneração desses profissionais vai de R$ 7.514 a R$ 11.879. A de delegados e peritos varia de R$ 13.368 a R$ 19.700.
Outras demandas dos policiais federais são a demissão do diretor-geral da corporação, Leandro Daiello Coimbra, e a estruturação das carreiras.
O Distrito Federal está entre as unidades da Federação que aprovaram a deflagração da greve. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no DF (Sindipol-DF), Jones Borges Leal, a partir de terça-feira, serviços como emissão de passaportes e fiscalização aeroportuária devem ficar mais lentos. Além disso, Jones Leal acredita que sejam interrompidas as investigações e operações em curso.
“Tentaremos evitar ao máximo prejudicar a sociedade, mas tudo pode ficar um pouco mais moroso”, disse Leal. Ele informou que será mantido um efetivo de 30% dos funcionários em atividade. De acordo com Leal, o Sindipol-DF representa aproximadamente 3 mil policiais federais. A Fenapefe diz que existem 13 mil agentes, escrivães e papiloscopistas no país.
Agência Brasil