Quatro jovens foram estupradas e agredidas na noite de quarta-feira (27), em Castelo do Piauí, distante 190 quilômetros (Km) de Teresina. As meninas, com idades entre 15 anos e 17 anos, foram encontradas violentadas e desacordadas, segundo a Polícia Civil do Piauí, e levadas para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
Duas das vítimas, ambas de 17 anos, passaram por cirurgia, e o estado de saúde delas é grave, de acordo com a Fundação Municipal de Saúde de Teresina.
Uma delas está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com traumatismo craniano, e outra, na unidade semi-intensiva. As adolescentes de 15 anos e 16 anos sofreram escoriações e foram internadas, mas não correm risco de morrer.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Willame Moraes, quatro adolescentes foram apreendidos, na madrugada de hoje (28), suspeitos de participar do estupro. Um homem está foragido.
De acordo com Moraes, por volta das 16h de quarta-feira (27), as meninas foram, em duas motos, a um ponto turístico próximo à cidade para fazer algumas fotografias. Ao chegar ao local, segundo o delegado, foram rendidas pelos cinco suspeitos.
“Elas foram abordadas, amarradas, amordaçadas e, durante duas horas, sofreram violência sexual. Após os estupros, o maior [de idade] jogou essas meninas ainda amarradas de uma altura de mais de 6 metros. Como elas sobreviveram, dois menores, a mando do maior, desceram até onde elas estavam e apedrejaram a cabeça delas, com o intuito de matá-las”, informou Moraes em entrevista à Agência Brasil.
De acordo com o delegado, durante a operação, na madrugada, os adolescentes suspeitos foram apreendidos e confessaram o crime. Eles foram levados para Campo Maior, a 80 Km da capital piauiense, e devem ser transferidos para Teresina. Segundo o delegado, a população de Castelo do Piauí tentou invadir a delegacia da cidade.
“A cidade está abalada. Mais de mil moradores colocaram fogo em pneus ao redor da delegacia. Desde quando a população tomou conhecimento do crime, foi para a delegacia clamar por justiça, por uma resposta da polícia”, afirmou Moraes.
Agência Brasil