Categoria vai propor modificações na proposta. Servidores fazem assembleia na terça-feira para decidir se haverá nova greve.
Os servidores estaduais da educação de Minas fizeram em assembleia na noite dessa quinta-feira (17) e decidiram que a proposta apresentada pelo governo na segunda-feira (14) não atende às reivindicações da categoria. De acordo com a assessoria do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), os servidores pretendem elaborar um novo documento, que vai ser entregue ao governo na próxima terça-feira (22).
Para esta data, estão marcados dois encontros: uma reunião do Conselho Geral da categoria, quando serão elaboradas as modificações do texto da proposta de reajuste. No período da tarde, a categoria já pretende ter uma resposta do governo quanto às alterações pedidas na proposta e vai votar em assembleia se fará greve ou não.
Ainda segundo o Sind-UTE, o calendário de aulas continua normalmente, inclusive com os dias de reposição definidos anteriormente por causa da greve de 48 dias feita pela categoria.
Proposta
Pelo documento apresentado pelo governador Antônio Augusto Anastasia, um professor que em início de carreira, com jornada de 24 horas, semanais vai receber R$ 1.320. Se trabalhar 30 horas semanais, sendo 20 em sala de aula e dez em preparação de aula, o salário chega a R$ 1.650.
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), afirmou, em nota, que a categoria não foi ouvida e que o governo descumpriu o prazo para que a comissão terminasse o trabalho de análise dos pedidos dos trabalhadores. O sindicato fez críticas à proposta, alegando que foram informados apenas valores absolutos e que a categoria perdeu as vantagens e gratificações conquistadas ao longo da carreira.
Ainda segundo o Sind-UTE, a jornada de 30 horas, que o governo afirmou ser facultativa, é obrigatória. Os sindicalistas ainda reclamaram da falta de valorização dos setores administrativos que trabalham nas superintendências regionais no estado.
A previsão é que o aumento passe a valer em março de 2011, outro ponto criticado pelo sindicato. O estado argumenta que o aumento não pode valer ainda para este ano para não ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Informações Globo Minas