A Polícia Militar usou bombas de gás para tentar conter passageiros que depredaram a Estação Francisco Morato da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O grupo ficou revoltado com a greve que paralisa hoje (3) a operação nessa estação, que é atendida pela Linha 7-Rubi. A circulação nesta linha ocorre apenas entre as estações Barra Funda e Caieiras.
A depredação é visível até mesmo do lado de fora da estação, pois um muro de concreto foi quebrado. Moradores da cidade de Francisco Morato que precisam se deslocar para a capital nesta manhã se concentram em frente à estação. Homens da Tropa de Choque fazem um cordão para isolar a entrada.
Os pontos de ônibus pela cidade, opção que restou aos passageiros que utilizam o transporte público para chegar em São Paulo, também estão lotados. “Tentei pegar ônibus para a Barra Funda, mas o ônibus já chega lotado e eles nem param no ponto”, reclama Juliana Lima, de 22 anos, que trabalha com telemarketing. Ela precisa chegar no Largo São Bento, região central de São Paulo.
“Eu tentei passar pelo escadão para sair na estação, mas enquanto tentava descer, todos tentavam subir. Os seguranças estavam dando choque em todo mundo, e todo mundo estava quebrando tudo. Quando eu consegui sair, eles jogaram bombas de gás”, conta Juliana.
Além da Linha 7-Rubi, opera parcialmente a Linha 11-Coral, entre Luz e Guaianazes. Estão completamente paradas as linhas 10-Turquesa, que liga a capital a cidade de Rio Grande da Serra, e a 12-Safira, que liga a zona leste ao centro. A greve não afeta as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. Esses empregados são representados pelo Sindicado dos Trabalhadores da Zona Sorocabana, que não aderiu à paralisação.
A CPTM lamentou a paralisação e informou que está tomando as medidas cabíveis em relação ao descumprimento da liminar do Tribunal Regional do Trabalho, que determina que 90% dos maquinistas trabalhem no horário de pico e que 70% dos empregados das demais atividades também trabalhem nesse horário.
A Agencia Brasil aguarda informações da Polícia Militar.
Agência Brasil