Pandemia e inflação faz vendas em supermercados desacelerar

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Sabemos que a pandemia e inflação faz vendas em supermercados desacelerar, afinal, as pessoas precisam gastar mais para ter acesso aos mesmos produtos e, por isso, não existe bolso que aguente o aumento dos preços para o consumidor.

Com a inflação cada vez mais alta, as pessoas perdem a capacidade de comprar itens mais básicos e, por isso, as vendas diminuem no varejo.

Uma pesquisa da Associação paulista de supermercados (Apas), realizada em abril de 2021, relatou que as vendas em mercados recuaram cerca de 13% em termos reais (ou seja, desconsiderando a sazonalidade e a deflação pelo IPC/FIPE/APAS) em relação ao mesmo período do ano anterior.

De acordo com o IPCA como deflator,  a APAS relata que o faturamento real caiu 0,4% e a queda é de 6,38% em relação a abril do ano anterior.

Apesar da base comparativa ser mais forte em 2020, quando houve uma maior demanda nos mercados por ser início da pandemia, a queda em abril, segundo coletores de dados na AES Solutions, ainda serve como sinal de que a inflação ainda mantém os ganhos em receita para esses estabelecimentos, visto que a taxa não para de subir.

Outros dados da APAS, relatam que, entre abril e março de 2021, houve recuo de 5,31% na receita de supermercados e, no quadrimestre, a queda foi de 8,9% em relação ao final de 2020.

Alta da inflação é causado pela pandemia

Segundo Renato Velloni, economista do Ibmec de São Paulo, o que explica que a pandemia e inflação faz vendas em supermercados desacelerar é o fato de que a crise mundial é a principal responsável pela alta inflação, principal responsável pelo afastamento da população das gôndolas de supermercados.

Em uma entrevista para a CNN Rádio, ele afirmou que a alta não é uma novidade e que a cada compra, o consumidor sente essa variação de preços para cima, mas o problema econômico atual é que isso aconteceu na época da pandemia, essa hecatombe mundial que começou no ano passado.

Hoje, a inflação está em dois dígitos, o que quer dizer que, um produto que antes custava um valor, hoje está 10% mais caro, o que não é pouco se levarmos em consideração que essa é uma média.

Por exemplo, alguns produtos não viram seus valores subindo tanto desde o início da pandemia, por isso, a culpa das altas taxas não são deles, mas, em contrapartida, produtos como o café, o arroz, a carne, o óleo e o feijão, por exemplo, quase dobraram de preço, o que eleve a média para todos os outros produtos.

Somados a isso, ainda existem os combustíveis que são utilizados no transporte dessas mercadorias e que são responsáveis pelo constante aumento dos preços para consumidor final.

Para o economista, precisamos fazer alguma coisa e a medida mais urgente é a elevação dos juros da SELIC, já que essas taxas quando sobem, desaceleram os preços para a população, já que as empresas precisam pagar mais por seus empréstimos, ou seja, um remédio amargo, mas necessário, segundo as palavras de Velloni.

 

Por que pandemia e inflação faz vendas em supermercados desacelerar?

 

Já deu para entender a relação entre o aumento da inflação e o preço dos alimentos, afinal, se a taxa de inflação está alta, os preços sobem e, dessa forma, as pessoas veem o poder de compra diminuindo. Mas, por que pandemia e inflação faz vendas em supermercados desacelerar? Não era para as pessoas estarem direcionando qualquer renda para garantir a subsistência?

As pessoas estão comprando cada vez menos e, não é porque estão direcionando suas fontes de renda para outras compras, e sim porque já não possuem mais recursos mesmo, afinal, o aumento do desemprego atingiu quase 15 milhões de pessoas e a pobreza cresceu exponencialmente em um ano.

Tudo isso em razão da pandemia que, como todos viram, fechou as portas de diversas empresas que eram fonte de renda de muitas pessoas que, hoje em dia, com as portas abrindo novamente, ainda precisam lidar com dívidas exorbitantes adquiridas durante esse último ano para pagar as contas mais essenciais.

Claro que a pandemia e inflação faz vendas em supermercados desacelerar, pois, se antes com 100 reais as pessoas compravam bastante itens das gôndolas, hoje elas não conseguem levar nem 70% do que compravam com o mesmo valor.

Para exemplificar na prática: imagine uma pessoa que, em 2019 ia ao mercado e comprava 5kg de arroz, 2kg de feijão, 1kg de café, 5 litros de leite, 1kg de açúcar e 2kg de carne bovina com esses cem reais, agora vem a pergunta: essa mesma pessoa conseguiria comprar isso, hoje em dia, com esse valor? Com certeza, não.

Basta perguntar para um pai de família o que ele consegue fazer com o dinheiro hoje que vamos entender por que a pandemia e inflação faz vendas em supermercados desacelerar.

 

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