Com o objetivo de reduzir as emissões de CO2 geradas pelas queimadas, foi lançado nesta terça-feira (8), o Programa Nacional de Redução e Substituição do Fogo nas Áreas Rurais e Florestais (Pronafogo). A iniciativa se insere nas diretrizes da Política Nacional sobre Mudança do Clima, e é mais uma forma de alcançar as metas de redução de emissões de CO2 assumidas pelo País e que serão apresentadas nesta semana na Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague, na Dinamarca.
De acordo com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, no mundo, queimadas e incêndios em áreas rurais e florestais respondem por entre 17% e 19% da geração de gás carbônico. “No Brasil, ultrapassa 60%”, afirma. O fogo gera impactos no clima, com as emissões de gases do efeito estufa; na biodiversidade, pela perda de fauna e flora; na saúde, por afetar a qualidade do ar; e na segurança aérea, por comprometer a visibilidade em decolagens e pousos.
O programa também prevê maiores investimentos em ações de prevenção a incêndios, como a educação ambiental, por exemplo. “Se gastarmos mais em prevenção, gastaremos menos no combate”, ressalta o ministro. “A logística necessária para combater as queimadas é muito mais cara que as ações de prevenção”, destaca o coronel do Corpo de Bombeiros Militares do Estado Rio de Janeiro, Wanius de Amorim. Segundo ele, o Brasil é o único País que tem um ciclo de incêndio de 365 dias ao ano. “Ou seja, podemos ter incêndios em qualquer mês do ano, em todos os estados.”