Ambientalistas vão promover amanhã (6), a partir das 11h, um “apitaço” nas praias de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, e de Icaraí, em Niterói, região metropolitana do estado. O objetivo é chamar a atenção das autoridades e da população sobre a poluição da Baía de Guanabara, que será utilizada como local das provas de vela nos Jogos Olímpicos de 2016.
A manifestação foi organizada pelo biólogo Mario Moscatelli e pela Aliança Rebelde, grupo que busca soluções para a degradação da região costeira do Rio de Janeiro. De acordo com Moscatelli, os envolvidos no ato exigem a celebração de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre o governo do estado do Rio, por meio da Secretaria de Estado de Ambiente (SEA), e o Ministério Público Federal (MPF).
Para o biólgo, o TAC teria em vista a gestão profissional e responsável dos recursos destinados à recuperação da Baía de Guanabara. O “apitaço” será acompanhado por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, que vão encaminhar documento técnico e fotográfico à SEA e ao MPF relatando as condições da Baía.
Moscatelli aponta a “má gestão e a falta de fiscalização” como os principais fatores que impediram a recuperação da Baía. “Foram investidos R$ 10 bilhões na recuperação da baía e, depois de 20 anos, tempo em que acompanho, a situação ainda é crítica. Esperava-se que com os jogos olímpicos uma mudança fosse materializada, mas as autoridades prometeram muito e não entregaram praticamente nada de melhoria. Não falta dinheiro, muito menos tempo. Falta gestão, fiscalização e vontade política”, criticou o biólogo.
A Agência Brasil procurou a Secretaria de Estado do Ambiente para que comentasse sobre as queixas envolvendo a poluição da Baía e para saber se ela estará própria para as competições de vela nas Olimpíadas do ano que vem, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.
Agência Brasil