A redação percorrendo a cidade de Manhuaçu dessa vez visita os Bairros Engenho da Serra e Santa Terezinha. Já estivemos na Rua Maria Alexandrina no Engenho da Serra, na edição passada e mostramos os problemas enfrentados pelos moradores.
Voltamos lá para ver se havia sido feito alguma coisa para mudar aquela situação caótica.
E pasmem,” tudo continua como antes, no Quartel de Abrantes”:
Subimos o morro e chegamos à Rua Santa Inês, e conversando com o Sr. Francisco Venâncio da Silva, de 75 anos residente na referida rua, nos falou a respeito da mesma.
“Isso começou errado, começaram no meio já com má intenção para não fazer esse pedaço nosso aqui. Nós ainda não fomos lá reclamar; fomos antes de começar, Paulo Garcia, Manuel e eu no gabinete do prefeito e ele nos disse que tinha 280 mil para fazer o calçamento da Rua Santa Inês, e quando acaba só fez a metade da rua aqui, o lugar que estava pior ficou sem fazer.
Eu gostaria de pedir que viessem terminar o serviço que começaram e olhar a situação desse lixo que está trazendo um transtorno com relação aos mosquitos e ratos”. Disse o Sr. Francisco
Conversamos também com o adolescente Rafael Ferreira Pimenta
“Nossa rua aqui está muito ruim, cheia de buracos, o barranco está descendo como você pode ver. O SAMAL chegou aqui para recolher o lixo e caminhão ia descendo barranco abaixo. Infelizmente aqui o prefeito está deixando a desejar, uma vez que começou o calçamento e não terminou. Temos outro problema, o lixo, esse também é um problema sério, pois acumula água e se torna criadouro do mosquito da Dengue, sem contar que atrai ratos, baratas e moscas”. Conclui Rafael Pimenta
A escadaria paralela a enormes crateras, segundo informação dos moradores, estávamos fotografando o que deveria ser uma rua, ou pelo menos é o que indica a placa colocada no poste, “Rua São Gabriel”. Enquanto fazíamos fotos, fomos abordados por Luciana das Graças Gomes, moradora da Rua São Mateus, que nos conduziu até a outra escadaria, se é que pode-se chamar o que vimos de escada.
“Olha a situação, as criança saem de casa para irem a escola, quando chegam aqui, já estão imundas de cair e rolar escada abaixo. Eu não tenho sossego, direto escuto o barulho de alguém rolando batendo na parede da minha casa. Quando chove, ninguém para em pé nessa escada. Se alguém passa mal, é com muita dificuldade que conseguem descer com o paciente para levar para o Pronto Atendimento, sem contar que a enxurrada que desce e invade as residência aqui de baixo da rua. Os moradores não dormem, passam as noites tirando a lama. Entra ano e sai ano e ninguém faz nada; só vem aqui em época de política pedir voto, se resolvessem os problemas dos bairros não precisariam gastar fortunas com campanhas políticas, já teriam feito suas campanhas, mostrando trabalho. Nós precisamos de rede pluvial, de boca de lobo para escoar a água, das construções das escadarias e que encontrem uma forma de minimizar a enxurrada, canalizando-a ou desviando-a. Conclui Luciana.