O Rio Negro, em Manaus, está a cinco centímetros de atingir a marca histórica registrada em 2009, quando o nível do rio chegou aos 29,77 metros. Até o momento, o rio atingiu a cota de 29,72 metros e nos últimos três dias subiu oito centímetros.
De acordo com o alerta de cheia do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), divulgado no início deste mês, a cota máxima da cheia em Manaus iria variar entre 29,40 metros a 30,13 metros. E, desde o dia 5 de maio, quando o rio atingiu os 29,42 metros, está acima da previsão mínima.
Na avaliação do chefe de Hidrologia do CPRM, Daniel Oliveira, é cedo para dizer quando o rio deve parar de subir ou quando atingirá a cota máxima deste ano. ‘Em outras bacias hidrográficas houve antecipação do pico máximo deste ano. No rio Negro, considerando que há o represamento por parte do Solimões, o evento também ocorre, mas agora teremos a contribuição de cheia da bacia do Negro’, explicou o chefe de Hidrologia do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Daniel Oliveira.
De acordo com a série histórica de cheias em Manaus, 76% das cotas máximas registradas aconteceram no mês de junho, 19% em julho e 6% em maio. A expectativa é de que as chuvas continuem até junho, quando o nível continuará subindo.
Dos 62 municípios do Amazonas, 45 já decretaram situação de emergência e mais de 71 mil famílias sofrem com a subida dos rios no Estado. O governo do Estado e prefeituras têm prestado auxílio à população distribuindo kits e ‘Cartão Enchente’ no valor de R$ 400 e R$ 600.
Na última semana, a presidente Dilma Rousseff realizou videoconferência com o governador Omar Aziz, e com o prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, para discutir a continuidade das ações de enfrentamento das enchentes no estado.
Através de portaria publicada no Diário Oficial, no último dia 9, a presidente autorizou o repasse de R$ 7 milhões ao governo do Amazonas para a execução de ações de socorro, assistência às vítimas e aquisição de produtos de higiene e limpeza, além de medicamentos e alimentos. Com estes recursos, o estado contabiliza o total de R$ 17,5 milhões recebidos do governo federal para auxílio às vítimas das chuvas.
Estadão