Ministros também foram chamados às pressas pelo presidente para discutir recentes decisões do TSE.
O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) convocou às pressas ministros de governo e comandantes das Forças Armadas para reunião extraordinária no Palácio da Alvorada nesta 4ª feira (26.out.2022). O chefe do Executivo antecipou a volta para a capital federal.
Bolsonaro estava em compromissos de campanha em Minas Gerais. A previsão inicial é que dormiria no Rio de Janeiro (RJ), mas desistiu da ideia. A reunião se dá depois de o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), rejeitar nesta 4ª feira (26.out.2022) o pedido da campanha do presidente para que a Corte investigasse a suposta supressão de propagandas em rádios.
Bolsonaro estava em compromissos de campanha em Minas Gerais. A previsão inicial é que dormiria no Rio de Janeiro (RJ), mas desistiu da ideia. A reunião se dá depois de o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), rejeitar nesta 4ª feira (26.out.2022) o pedido da campanha do presidente para que a Corte investigasse a suposta supressão de propagandas em rádios.
Em entrevista a jornalistas depois da reunião, Bolsonaro disse que irá “às últimas consequências” contra decisão do ministro Alexandre de Moraes. “Da nossa parte, iremos às últimas consequências dentro das 4 linhas da Constituição fazer valer o que as nossas auditorias constataram”, disse.
“Está comprovada a diferenciação de tratamento dispensado a outro candidato, que poderia — não posso afirmar — até ter participação dele em algum momento”, afirmou o presidente.
Além de ministros e comandantes das Forças Armadas, foram convocados por Bolsonaro integrantes da OEA (Organização dos Estados Americanos). Quatro carros da organização chegaram ao Palácio da Alvorada às 21h, depois da declaração a repórteres.
“Em cidades que achava que iria bem, na nossa análise, pode ter havido outros fatores, mas se deve também às inserções, que fizeram a diferença ou deveriam ter feito”, disse.
Segundo Bolsonaro, o presidente do TSE recebeu as provas dentro do tempo solicitado e surpreendeu a campanha ao determinar que a Corregedoria Geral Eleitoral apure se houve uso irregular do Fundo Partidário para pagar o estudo que aponta o corte das inserções.
“O presidente do TSE recebeu as provas no tempo hábil, nos cobrou 24 horas, o pessoal virou a noite trabalhando nisso, eu por vezes fui acordado e cochilei, prestamos na hora certa”.
Bolsonaro também criticou a determinação de Moraes de juntar a decisão de hoje ao inquérito das milícias digitais no STF (Supremo Tribunal Federal), que apura a suposta existência de grupos organizados para desestabilizar instituições democráticas.
“Nos surpreende Moraes simplesmente inverter o processo […] no que depender de mim, será contratada essa 3ª empresa de auditoria, mais uma prova de que inserções foram potencializadas e muito pelo outro lado”.
O presidente completou: “Sabemos que está em cima, eleições estão aí, mas o meu lado foi muito prejudicado e não foi de agora”.
DECISÃO DE MORAES
Segundo Moraes, o pedido da campanha é “genérico” e a acusação de fraude não tem “qualquer comprovação”. Também declarou que o levantamento da Audiency Brasil Tecnologia se vale de uma metodologia falha, “que não oferece as condições necessárias de segurança para as conclusões apontadas pelos autores”, e disse que a empresa não atua na área de auditoria.