Queda do emprego pelo sétimo mês consecutivo e nova queda da produção são os principais resultados da Sondagem Industrial de abril, divulgada hoje (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O resultado levou a entidade a concluir que, “passado o efeito da sazonalidade positiva em março, que elevou a produção industrial, os resultados mostram que não houve mudança no cenário de dificuldades apresentado pela indústria”.
Em abril, o índice da produção industrial registrou 45,3 pontos. E, exceto março, desde agosto de 2011, o índice situa-se abaixo dos 50 pontos. Também houve recuo no indicador do número de empregados, com 48,9 pontos, 0,6 ponto menor do que no mês anterior.
Os indicadores variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam aumento da atividade, do emprego, acúmulo de estoques indesejados e utilização da capacidade instalada (UCI) acima do usual.
Segundo a sondagem, os estoques voltaram a aumentar e se distanciaram do nível desejado. Em abril, o índice de evolução dos estoques situou-se acima da linha divisória, em 50,9 pontos, e o índice de estoques efetivo planejado passou de 51,6 pontos para 53 pontos.
Conforme a pesquisa, a UCI também voltou a se afastar do nível usual para o mês. O índice recuou para 42,6 pontos, bem abaixo da linha divisória. O nível médio de UCI de abril foi 71%, 2 pontos percentuais abaixo do registrado no mesmo mês de 2011.
A CNI concluiu que, “nesse cenário de dificuldades, as perspectivas dos empresários com relação a sua demanda, compras de matérias-primas e número de empregados são menos otimistas que nos últimos três meses. A exceção são as expectativas com relação às exportações, que se tornaram mais otimistas”.
O indicador das exportações subiu de 52,1 pontos em março para 53,2 pontos em abril, melhora atribuída pela CNI à possível influência da valorização cambial, pois quando a pesquisa foi feita o dólar estava mais valorizado. A Sondagem Industrial de abril foi realizada de 2 a 15 de maio, com 1.924 empresas, das quais 671 de pequeno porte, 757 médias e 496 grandes.
Agência Brasil