A Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária no Rio de Janeiro (Incra/RJ) conclui nesta semana o levantamento das perdas de produção no assentamento Alpina, no município de Teresópolis. O assentamento foi devastado pela enxurrada de janeiro na região serrana fluminense. Os resultados deverão ser divulgados na semana que vem.
O assentamento é o principal produtor de hortaliças do Rio de Janeiro. São 98 lotes distribuídos em 1.103 hectares e um dos principais pólos de agricultura familiar e orgânica do estado.
O superintendente substituto do Incra/RJ, Pablo Pontes, disse que a primeira ação será reassentar as famílias. “Alguns lotes, independente da questão de perda da produção, perderam até a viabilidade como uma área para exploração agrícola. Então, a primeira proposta é a busca de novos imóveis para serem desapropriados para o reassentamento”.
Pontes admitiu que o novo assentamento não deverá ser na mesma região, não só porque a área foi devastada, mas também porque muitas famílias não querem retornar ao local, com medo de novos deslizamentos. A busca está sendo feita em regiões planas, que não apresentem riscos. Três municípios concentram a atenção dos técnicos do Incra/RJ: Magé, Guapimirim e Trajano de Moraes.
O Incra/RJ está estudando formas legais de atender, inclusive, pessoas que estão na condição de emancipadas. Isso significa que o instituto pretende atender não só as famílias do assentamento Alpina, mas também agricultores familiares que nunca tiveram acesso à reforma agrária, e que perderam a terra naquela mesma região, numa situação de calamidade. A decisão se baseia na perda quase total da atividade econômica naquela região.
Agência Brasil