História do jornalismo

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História

Primeiro jornal publicado no Brasil

O mais antigo jornal de que se tem notícia foi[6] o Acta Diurna, que surgiu por volta de 69 a.C., a partir do desejo de Júlio Cesar de informar a população sobre fatos sociais e políticos ocorridos no império, como campanhas militares, julgamentos e execuções.[13] As notícias eram colocadas em grandes placas brancas expostas em local de grande acesso ao público. Na China, jornais escritos a mão surgiram no século VIII.[13]

A partir da invenção de Johannes Gutenberg, em 1447, surgiram os jornais modernos, que tiveram grande circulação entre comerciantes, para a divulgação de notícias mercantis. Havia ainda jornais sensacionalistas escritos a mão, como o que noticiou as atrocidades ocorridas na Transilvânia, feitas por Vlad Tsepes Drakul, mais conhecido como Conde Drácula.[13] Em Veneza, o governo lançou o Notizie scritte, em 1556, ao custo de uma pequena moeda que ficou conhecida como “gazetta“.[13]

A publicação periódica iniciou-se na Europa Ocidental a partir do século XVII, como o ”Avisa Relation oder Zeitung”, surgido na Alemanha em 1609. O London Gazette, lançado em 1665, ainda mantém-se até a atualidade, agora como publicação oficial do Judiciário.[13] Esses jornais davam pouca atenção a assuntos nacionais, preferindo focar-se em fatos negativos ocorridos em outros países, como derrotas militares e escândalos envolvendo governantes.[13] Os assuntos locais passaram a ser mais abordados na primeira metade do século XVII, mas a censura era uma prática comum, não sendo possível noticiar algo que pudesse provocar insatisfação popular contra o governo. A primeira lei protegendo a liberdade de imprensa foi aprovada na Suécia em 1766.[13]

Com a invenção do telégrafo, em 1844, as notícias passaram a circular muito mais rapidamente, gerando uma grande mudança no jornalismo.[13] Em meados do século XIX, os jornais já eram o principal veículo de transmissão das informações, passando a surgir grandes grupos editoriais, que tinham grande capacidade de influência.

Nos anos 1920, o surgimento do rádio novamente transformou o jornalismo, o que voltou a acontecer a partir dos anos 1940 com o surgimento da televisão. Na década de 1950 surge no Rio de Janeiro uma nova forma de Jornalismo impresso, no jornal Diário Carioca, Danton Jobim, que foi o fundador da primeira faculdade publica de jornalismo no Brasil,[14] introduziu o Lead, a Pirâmide invertida e elaborou de um Manual de redação, modernizando o jornalismo brasileiro.[15] A partir do fim dos anos 1990, a internet trouxe volume e atualização de informações sem precedentes.[13]

O Início

O jornalismo exerceu uma grande influencia no modo de pensar e agir das civilizações antigas, onde a escrita se fez presente em algumas civilizações:

A civilização que mais se aproxima do jornalismo é a dos sumérios, pois a escrita era muito presente nesta civilização, embora a profissão jornalismo não existisse na civilização os povos tinham o habito de fazer registros dos acontecimentos e uma das funções do jornalista é também registrar acontecimentos. Os sumérios foram os inventores da escrita, eles escreviam em taboas feitas de argila, usando um estilete feito de cana que deixava sinais em forma de cunha e utilizavam argila para escrever por isso a escrita ficou conhecida como escrita cuneiforme. Eles colocavam as tabuletas cuneiformes em um forno, quando queriam que seus registros fossem permanentes.

Na era primitiva não existia jornais, nem a profissão de jornalista, mas nenhuma sociedade conseguiria viver sem informação, então provavelmente, um dos primeiros instrumentos de registros teriam sido pedras de vários tamanhos, placas de argila etc..

Não se sabe a origem exata do jornalismo e qual foi o primeiro jornal do mundo, mas os historiadores atribuem ao Imperador Romano Júlio César esta invenção, através das Actas diurnas como diz Luciano Biagio Toriello:

“Utilizando-se dessa estrutura de distribuição de mensagens, Julio Cesar determinou a circulação das Actas Diurnas (Actae Diurnae), provavelmente surgidas no séc. II a.C., possivelmente em 131 a.C., como um importante instrumento para manter a presença do estado romano no território, servindo como um diário oficial para divulgar os atos governamentais, decisões do senado e feitos do imperador. Constituíram-se no primeiro exemplo de jornalismo na história da humanidade, escritas por magistrados, escravos e funcionários públicos, os diurnarii ou actuarii, que podem ser considerados os primeiros jornalistas, responsáveis pela tarefa de recolher as informações, redigir os textos e afixar as Actas,mesmo que possivelmente fossem obrigados a registrar o que lhes era ditado pelo Senado. É provável a existência de oficinas editoras de Actas, como uma empresa jornalística, que para alcançar um público maior e vender seu produto, acrescentavam além da cópia do texto oficial, informações de produção própria, como notícias cotidianas e fofocas sociais.” (Luciano Biagio Toriello, 2011)

As Actas diurnas, criadas na Roma Antiga eram registradas à mão em bases de madeira e eram expostas na praça central dos povoados, assim todos os cidadãos poderiam ler e comentá-las em uma atividade pública.

Na Grécia, o espaço de Ágora acolhe a troca de mercadorias e idéias, possibilitando a formação de um intenso espaço mediador cultural. E nesse espaço publico a cidadania era exercitada entre os participantes através da comunicação tendo os pressupostos de liberdade e igualdade presentes nessa cultura, permitindo a fundação de um modelo de ação política que se baseava no uso da palavra “O espaço público (grego) é um espaço de comunicação, de construção do discurso”, diz FINLEY. (1989, p. 06)

O diálogo entre as diferentes posições dos participantes, era um diálogo social e amplo que tinha interesse e pensamentos ideológicos afinados. Valorizando a existência entre o espaço mediador e a comunicação, permitindo a expressão do pensamento através da fala humana em um espaço comum, denominado pelos gregos de polis, concluindo que o homem grego é a sua própria fala e capacidade de oratória.

A comunicação entre as pessoas sempre se dava em espaços físicos públicos e coletivos que permitia uma intensa comunicação verbal e vida comunitária, esse espaço publico era uma cidade como, por exemplo, a cidade de Atenas, como diz Cortez Rodrigues Glauco:

“Era uma sociedade mediterrânea onde as pessoas se juntavam fora de casa, nos dias de mercado, nos inúmeros momentos festivos e, em qualquer altura, no porto e na praça da cidade. Os cidadãos pertenciam a vários grupos formais e informais… Todos esses grupos forneciam ensejo para se saberem novidades e para bisbilhotices, para discussões e debates, para a contínua educação política… Tal fenômeno não era exclusivamente urbano. Os camponeses atenienses não viviam em quintas isoladas, mais sim em lugares e aldeias, com as suas praças, centro de culto próprio e assembleias ocasionais, com a vida política peculiar constitucionalmente ligada à cidade-estado”. (Cortez Rodrigues Glauco, 2007)

O movimento de comunicação começa na Grécia, porém Roma sucedeu no cultivo das artes, da filosofia, da retórica e da política, sendo governada por um sistema democrático por um período, onde era permitido que as pessoas se expressassem e uma das formas de comunicação era fixar escritas em paredes ou tabuinhas com mensagens que simultaneamente se podem considerar “jornalísticas” e “publicitárias. Pode dizer-se que é graças aos gregos e, posteriormente, aos romanos, que temos hoje em dia a Civilização Ocidental (somos filhos de Atenas e de Roma!).

Ver também

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c Nathália Carvalho (20 de agosto de 2013). «A mudança na vida de jornalistas que sofreram violentas represálias»Observatório da Imprensa. Consultado em 20 de setembro de 2019
  2. ↑ Ir para:a b «Abraji registra mais de 130 casos de violência contra jornalistas em contexto político-eleitoral». 8 de outubro de 2018. Consultado em 12 de novembro de 2018
  3. ↑ Ir para:a b 10 Most Censored Countries,” Committee to Protect Journalists, 2 de maio de 2012, acessado em 23 de maio de 2013.
  4. ↑ Ir para:a b c d e «Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2018». Consultado em 12 de novembro de 2018
  5. ↑ Ir para:a b «Metodologia do Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2018». Consultado em 12 de novembro de 2018
  6. ↑ Ir para:a b c d Gerald Stone, Kaye O’Donnell, K., & Stephen A. Banning (Winter/Spring 1997). Public perceptions of a newspaper’s watchdog role. Newspaper Research Journal, 18(1-2), 86-102.
  7.  «News values: immediacy and technology». Owenspencer-thomas.com
  8. ↑ Ir para:a b c Albuquerque, Afonso de. «O paralelismo político em questão»Compolítica. Consultado em 11 de outubro de 2016. Arquivado do original em 15 de agosto de 2016
  9.  The State of the News Media 2013: An Annual Report in American Journalism Arquivado em 26 de agosto de 2017, no Wayback Machine.,” the Pew Research Center’s Project for Excellence in Journalism, 2 de maio de 2012. Acessado em 23 de maio de 2013.
  10.  The State of the News Media 2013: An Annual Report in American Journalism published by the Pew Research Center’s Project for Excellence in Journalism Arquivado em 26 de agosto de 2017, no Wayback Machine.,” the Pew Research Center’s Project for Excellence in Journalism, 2 de maio de 2012. Acessado em 23 de maio de 2013.
  11. Fonte - Wikipédia, a enciclopédia livre.

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