Cerca de 300 policiais entre agentes, escrivães e papiloscopistas protestam desde as 8h em frente a sede da Polícia Federal (PF), no centro de Brasília. Policiais Federais de todo o país decretaram oficialmente greve a partir de hoje (7) por tempo indeterminado. O único estado em que ainda não se declarou a paralisação é o Rio de Janeiro.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (Sindipol-DF), Jones Leal, até o final do dia o comando de greve espera que 70% dos policiais tenham aderido à greve. Será mantido um efetivo de 30%, obrigado por lei, para serviços essenciais.
“Vamos manter o efetivo de 30% trabalhando [para execução de serviços básicos] e atender emergências. Entre os serviços que podem ser prejudicados está a emissão de passaportes e da carteira do estrangeiro, liberação de produtos químicos, entre outros”, disse Leal. Segundo ele, “somos menos de 15 mil homens para tomar conta do país. Se tivéssemos mais estrutura e policiais, as ações feitas pelas PF seriam maiores”.
A categoria reivindica aumento salarial, melhores condições de trabalho, contratação de novos policiais, além da saída do diretor-geral da PF, delegado Leandro Daiello Coimbra.
O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Wink, disse que os policiais querem também a reestruturação da carreira para as funções de agentes, escrivães e papiloscopistas.
O atendimento no posto Na Hora da Rodoviária do Plano Piloto segue normal desde as 7h30. De acordo como gerente da unidade, Waldeci Barbosa, o atendimento dos serviços da Polícia Federal é feito por 16 funcionários. No posto só é feita a entrega e a retirada de passaportes.
“Eu não sabia que a PF tinha entrado de greve. Vim renovar meu passaporte, esperei cerca de 15 minutos para ser atendidada. Agora estou preocupada se vão me entregar o documento. Eu vou viajar em outubro, talvez vá complicar para quem precisa do documento com urgência”, disse a servidora pública, Susan Faria.
Agencia Brasil