Um mês depois das fortes chuvas e avalanches de terra que devastaram a região serrana do Rio de Janeiro, alguns serviços essenciais à infraestrutura dos municípios já voltaram à normalidade, como, por exemplo, o fornecimento de energia elétrica em Nova Friburgo.
As inundações, deslizamentos, quedas de barreiras e de encostas causaram inúmeros danos à rede elétrica, às subestações e usinas operadas pela concessionária Energisa. Nem mesmo a sede da empresa, no centro de Nova Friburgo, escapou à inundação.
De acordo com balanço divulgado hoje (11) pela concessionária, 99% de seus clientes já estão com o fornecimento normalizado. Os que ainda se encontram sem luz são moradores de áreas rurais até agora sem acesso ou que tiveram suas residências interditadas pela Defesa Civil.
A empresa montou uma força-tarefa para enfrentar as consequências da calamidade e conseguiu colocar em funcionamento suas subestações e a rede de distribuição. As duas usinas geradoras atingidas, no entanto, continuam paradas, porque foram inundadas pelas águas e tiveram tubulações levadas pelos deslizamentos de terra.
Em Teresópolis e Petrópolis, onde o fornecimento de energia é feito pela concessionária Ampla, 481 clientes continuam com o abastecimento interrompido, por estarem em áreas de risco, interditadas pela Defesa Civil, ou de de difícil acesso. A empresa informou que está trabalhando para restabelecer o fornecimento e espera normalizar o serviço nos próximos dias.
Enquanto aguarda a liberação de recursos para as obras de reestruturação dos pontos mais danificados das rodovias estaduais, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ) continua executando os serviços de limpeza e retirada das barreiras que invadiram as pistas.
Desde o início de fevereiro, o tráfego está liberado em todas as rodovias estaduais da região serrana, como resultado de mais de duas semanas de obras de caráter emergencial.
Os estudos técnicos feitos pelos engenheiros do DER-RJ indicam que serão necessários R$ 400 milhões para a restauração completa da malha rodoviária estadual na região serrana. São obras estruturais de drenagem, contenção de encostas, reconstrução de pontes e bueiros, pavimentação e recuperação de acostamentos.
Agência Brasil