Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) devem libertar a partir de hoje (7), em etapas, cinco reféns – dois políticos e três militares. Para a libertação, os guerrilheiros negociaram protocolos de segurança com o governo da Colômbia e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
A intermediadora do acordo foi a ex-senadora Piedad Córdoba. Na semana passada, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, apelou para que as Farc libertem todos os sequestrados.
Pela programação, as operações de resgate devem começar a partir da região de Villavicencio. Primeiro será libertado o vereador Marcos Baquero. Depois, na cidade de Florença, serão entregues o vereador Armando Acuña e o militar Henrique Marinho López Martínez.
Por último, serão libertados, na cidade de Ibagué, o policial Guillermo Solórzano e o militar do Exército Salim Sanmiguel. Para garantir a eficácia do governo, foram firmados protocolos de segurança que determinam a suspensão, por 36 horas, das operações militares nos locais onde serão entregues os cinco reféns.
As mesmas medidas de segurança foram aplicadas em duas ações anteriores de resgate, nas quais o Brasil participou como colaborador – com helicópteros e tripulações da Força Aérea Brasileira (FAB). As informações são da Presidência da República da Colômbia e da rede de televisão multiestatal, a Telesur.
Na última sexta-feira (4), o presidente Santos apelou para que as Farc libertem todos os reféns que estão em seu poder. “Eu peço [às Farc] que libertem todos. Há um desejo forte para a paz e a porta não está fechada “, disse o presidente.
Santos cobrou das Farc provas concretas de que buscam a paz e um acordo. Também condenou o recrutamento de crianças e adolescentes, as ameaças de vida com bombas, os sequestros e extorsões constantes, além do envolvimento com o tráfico de drogas. “Dessa maneira, não haverá outra resposta a não ser aplicar a lei com toda a sua força “, disse.