Manhuaçu participará da 27ª Feira Nacional de Artesanato

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27-feira-do-artesanato-bhConsiderado o maior do segmento na América Latina, o evento deverá atrair 180 mil visitantes. Assim como nas últimas edições, a organização estima um volume de negócios de aproximadamente R$ 90 milhões. Com o Natal como tema principal, a feira mostrará um pouco da história e costumes dessa comemoração ao redor do mundo.

No Grande Pavilhão do Expominas, o público terá acesso a 1.200 estandes com produtos feitos de madeira, ferro, cerâmica, pedra-sabão, sementes, fibras naturais, entre outros materiais. O visitante encontrará produtos de vários segmentos da economia criativa, desde aqueles já esperados em uma feira de artesanato, como bijuterias, bolsas, calçados e acessórios, até itens como massas, doces, bebidas, temperos e especiarias artesanais, chás orgânicos e biojoias.

Com preços para todos os bolsos, estarão expostos os tradicionais bordados do Nordeste, as cobiçadas peças em pedra sabão, típicas do artesanato mineiro, objetos característicos da arte indígena e produtos feitos a partir de resíduos da indústria. Expositores de países como Turquia, Paquistão, Índia, África do Sul, Quênia, Japão, Senegal e Bolívia também marcarão presença na 27ª FNA.

Em clima natalino, as crianças que forem ao evento poderão visitar a oficina do Papai Noel e acompanhar a restauração de brinquedos que serão doados às crianças de instituições carentes de Belo Horizonte e região metropolitana. A garotada também poderá se distrair no Espaço Criança, que será montado no Grande Pavilhão do Expominas. No local, monitores farão atividades recreativas com as crianças.

A 27ª FNA é uma realização do Sistema Fiemg através do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Instituto Centro de Capacitação e Apoio ao Empreendedor (Centro CAPE), apoiada pelo Ministério da Cultura por meio da Lei Rouanet, com patrocínio do Banco do Brasil, Cemig e Governo de Minas. O evento recebe, também, o apoio do Serviço Social do Comércio (SESC), da JCHEBLY, SouBH, Abexa, Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa e Programa do Artesanato Brasileiro (PAB).

Atividades especiais para o público – Entre os dias 7 e 11 de dezembro, a 27ª FNA terá uma programação de 107 oficinas direcionadas aos interessados no aprendizado e aperfeiçoamento de técnicas artesanais. Nas oficinas, o participante produzirá peças a partir de materiais como raízes, sementes, linhas, tecido, papel, biscuit e recicláveis. Os interessados poderão se inscrever no próprio local. Mais informações e cronograma das atividades estão disponíveis em feiranacionaldeartesanato.com.br.

Para completar a programação, o Sesi leva ainda para o evento importantes iniciativas como os projetos Circuito Saúde, A Indústria Começa Aqui, Cozinha Brasil e Escola Móvel.

27ª FEIRA NACIONAL DE ARTESANATO

  • 6 a 11 de dezembro de 2016
  • Expominas – Avenida Amazonas, nº 6.030 – Gameleira – Belo Horizonte – Minas Gerais
  • Horários de funcionamento:
  • Dia 6 de dezembro, somente para lojistas, das 12h às 20h
  • Dia 7, 8 e 9 de dezembro, das 14h às 22h
  • Dia 10 de dezembro, das 10h às 22h
  • Dia 11 de dezembro, das 10h às 21h
  • Ingressos: R$ 10,00 (Crianças de até 12 anos e pessoas acima de 60 anos têm entrada franca)

Manhuaçu participará da 27ª Feira Nacional de Artesanato

O município de Manhuaçu está entre os selecionados para participar da 27ª Feira Nacional de Artesanato. As artesãs do Espaço Cultural Só Arte tiveram seus materiais aprovados e vão representar o município em uma das feiras mais concorridas do ramo.

Manhuaçu conseguiu o acesso à Feira por meio do Circuito Turístico Pico da Bandeira. O material produzido pelas artesãs de Manhuaçu foi inscrito e aprovado em um rigoroso processo para que pudesse ser exposto no evento. No próximo dia cinco de dezembro, um grupo de três manhuaçuenses vão a Belo Horizonte.

secretaria-cultura-manhuacu“Foi uma alegria pra nós sermos selecionadas. A Mariza, secretária de Cultura, nos inscreveu, nós enviamos fotos dos nossos produtos e tivemos oito deles selecionados. E agora estamos indo pra lá” – alegra-se a artesã Lurdes Afonso. “É muito gratificante e eu estou nervosa com a responsabilidade. Estamos todas muito felizes, foi uma porta que se abriu para nós e vamos levar o nome da nossa Manhuaçu. Estamos com expectativa muito boa, não só de venda mais da participação. Nosso trabalho foi recompensado e tenho certeza que essa será a primeira de muitas que virão” – diz ela, que foi uma das primeiras a aderirem ao projeto de valorização do artesão manhuaçuense, criado pela Secretaria de Cultura.

“Eu comecei a trabalhar com artesanato fazendo presentinhos para minha neta, coisas do dia a dia, e decorações. Depois eu peguei gosto por isso. Foi quando surgiu a oportunidade do Espaço Cultural Só Arte” – diz dona Lurdes se referindo ao espaço criado na Praça Dr. Cesar Leite. “Esse projeto começou em 2014 e eu estou aqui desde o começo” – afirma ela ao dizer das mudanças em sua vida desde esta oportunidade. “Nós não sobrevivemos do artesanato, eu nem chamo de trabalho, para mim é um hobby, um lazer. E foi muito boa essa oportunidade. Quantas pessoas de outros lugares chegam aqui lamentando porque na cidade deles não têm” – relata. “Eu não quero parar mais, é uma alegria as pessoas virem aqui, elogiar, ver a qualidade, mesmo que elas não comprem. É muito gratificante, nosso produto é valorizado e reconhecido”.

É o mesmo caso de Margarida Cornélio, que também expõe no Espaço Só Arte desde o início do projeto. “Na época foi feito uma divulgação, e como eu já trabalhava com artesanato, fiz minha inscrição. E mudou minha vida porque antes eu vendia apenas pra pessoas que eu conhecia, amigas, enfim, e agora eu vendo até para pessoas de fora de Manhuaçu. É o nosso artesanato sendo divulgado, eu falo que lá é a nossa vitrine” – prossegue Cornélio, que se diz surpresa com a aceitação da Feira Nacional de Artesanato. “Eu fiquei muito feliz com a escolha do nosso produto para essa feira. É sinal de que o nome de Manhuaçu está sendo levado, não só para o país, mas até para fora” – finaliza.

Mulheres da associação

artesa-manhuacuQuem também se surpreendeu com a notícia da participação na Feira Nacional de Artesanato foi Agneida Silva, membro da Associação Mulheres Amigas do Meio Ambiente – AMAM, organização que fabrica materiais, como bolsas, utilizando materiais recicláveis. “A Mariza nos convidou para o projeto porque ela já conhecia o nosso trabalho. Aceitamos o convite, fomos conhecer o Espaço Só Arte, gostamos e ficamos” – comenta. “E o espaço tem nos dado visibilidade, tem valorizado nosso trabalho, as pessoas vão lá, elogiam, algumas se surpreendem porque não sabem que nós temos essas coisas aqui. As pessoas de fora, às vezes, conhecem muito mais nosso trabalho do que as pessoas daqui. E tem sido bom, principalmente pelo reconhecimento” – diz Silva. 

A AMAM foi desenvolvida por mulheres que precisavam de renda e atividade. Todas elas passaram por um curso oferecido pelo Centro de Apoio à Família – CAF, que conta com apoio da Prefeitura de Manhuaçu. Elas resolveram criar uma associação e já estão há quatro anos juntas. Hoje a atividade consiste, principalmente, na reciclagem de tecido, lonas de banner etc. Dona Agneida se diz entusiasmada com a ideia de expor na Feira Nacional. “Eu sonhava com essa feira em Belo Horizonte, muitas pessoas comentavam e eu falei que lutaria para chegar aqui. E agora chegou essa surpresa. Vamos valorizar isso, vamos mostrar que nós somos capazes de fazer algo que as pessoas do Brasil inteiro vão reconhecer” – garante.

Frutos

“Eu fiquei muito feliz porque essa feira é muito concorrida. E é através dos circuitos turísticos que os artesãos participam. Como Manhuaçu faz parte do Circuito do Pico da bandeira, nós pudemos inscrever os nossos” – relata satisfeita a secretária de Cultura, Mariza Klein. “E eles escolhem, por foto, quais artesãos serão selecionados. Agora teremos nossas artesãs lá nos representando. É muito importante para o município e para elas também. É o artesanato de Manhuaçu sendo reconhecido nacionalmente” – comemora.

O trabalho da Secretaria de Cultura com os artesãos tem trazido resultados importantes. Dezenas já estão mobilizados e tanto usufruem do Espaço Cultural Só Arte, que funciona todos os dias de 9h às 18h, como também participam da feira quinzenal, realizada na Praça Cordovil Pinto Coelho. O objetivo da iniciativa é o de valorizar o que é produzido pelos manhuaçuenses e ainda proporcionar oportunidade de geração de renda. Artesãos que ainda não fazem parte, podem procurar a sede da Secretaria, no Centro Cultural, na Rua Monsenhor Gonzales, ao lado da Matriz São Lourenço, levando uma mostra do material que produz para realizar um cadastro

A Feira Nacional de Artesanato, que em 1989, começou com apenas 60 stands e 200 expositores, hoje se orgulha de ser considerada a maior da América Latina. Em 2009, 8 mil expositores de todos os estados do Brasil e outros 12 países da América Latina, África e Europa, ocuparam 1.100 stands do maior centro de convenções de Minas Gerais: o Expominas . Cerca de 170 mil visitantes, movimentaram R$ 71,4 milhões. Organizada pelo Instituto Centro CAPE, a Feira faz parte do Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Também está classificada como evento cultural, através da Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura.

 

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