Paralisação no dia 24 de agosto é em repúdio à queda no repasse do FPM.
Em uma reunião em Juiz de Fora, prefeitos resolveram protestar.
Pelo menos prefeituras de 94 cidades da Zona da Mata anunciaram que vão paralisar as atividades no dia 24 de agosto como forma de chamar atenção do governo estadual e federal para repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A informação foi dada em uma coletiva para a imprensa no dia (14), na Prefeitura de Juiz de Fora.
De acordo com o diretor regional Associação Mineira dos Municípios (AMM), Itamar Ribeiro Toledo, nas cidades com menos de 20 mil habitantes farão a interrupção de todos os serviços públicos, exceto o de coleta de lixo e de urgência e emergência na Saúde.
No anúncio, dez prefeitos de cidades da Zona da Mata que participaram da reunião informaram que durante o movimento irão utilizar os carros dos municípios para carreatas e distribuirão cartilhas com as principais reivindicações das prefeituras para que a população entenda os motivos da mobilização.
Em julho, 70 prefeitos mineiros já anunciaram que participariam do movimento em repúdio à queda dos repasses do FPM, que reduziu 17% em junho de 2015 na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Na próxima segunda dia 24, às 14h, os prefeitos da região da Zona da Mata voltarão a se reunir na Prefeitura de Juiz de Fora para debater o movimento.
MANHUAÇU
Recebemos informações que a prefeitura de Manhuaçu cidade polo regional, não irá aderir a paralisação. Segundo informação do chefe de gabinete Ueziler Nacari, o prefeito depois de avaliar que a paralisação traria prejuízo para a população achou por bem não interromper os trabalhos da prefeitura.
Apesar da mobilização “Fora Dilma”, recém-realizada por manifestantes de todo o país no último domingo (16), e agora o protesto programado pelas prefeituras para o próximo dia 24, o presidente da Frente Mineira de Prefeitos (FMP) e vice-presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), prefeito de Uberaba, Paulo Piau, não soube dizer se aumentará o desgaste da presidente da República, Dilma Rousseff. “Se isso vai afetá-la diretamente ou não, teremos que esperar o resultado”, destacou.
No entanto, ele reconheceu que o movimento das prefeituras visa fazer uma pressão na presidente Dilma, para que repense o seu modo de atuação no governo federal, inclusive perante as prefeituras. “O povo se encontra com os prefeitos e vereadores para reivindicar melhores qualidades dos serviços públicos prestados nas suas cidades, e não com os governadores de Estados, ministros ou a própria presidente Dilma. Como gestores públicos, estamos nos mobilizando para definir as responsabilidades de cada poder, justamente para fazer prevalecer os direitos constitucionais dos cidadãos”, contou.