Há milhares de anos as civilizações vem se aprimorando e é lógico que a educação de um país de primeiro mundo é bem diferente de um país de terceiro mundo, a começar pela sua existência, o Brasil é um adolescente se comparar com países como Inglaterra, Japão, Estados Unidos e outras civilizações antigas.
Infelizmente o Brasil foi explorado erradamente e sua população cresceu com uma grande mistura de raças e os colonizadores portugueses não tinham amor pela nova terra, queria apenas as riquezas encontradas em solo brasileiro e usaram o Brasil para desfazer de seus criminosos e todo tipo de pessoas que não agradavam os monarcas portugueses eram enviados para o Brasil. Até os padres eram punidos e degredados para o Brasil.
É muito comum ouvirmos das pessoas, explicações para os desmandos dos nossos governantes e o tal “jeitinho brasileiro” que, infelizmente, perdura há séculos. Entre outras causas, muitos argumentam que isso ocorre porque “não se pode esperar outra coisa de um país que só recebeu os marginais de Portugal: prostitutas, assassinos, ladrões…”. Os culpados, de acordo com essa visão, seriam os degredados, ou seja, homens e mulheres, nobres e do povo, que eram banidos de sua terra natal e aqui deixados por ordem da Coroa e da Igreja; ou que, em muitos casos, ficavam por vontade própria vivendo junto aos índios. A história oficial apresenta esses “primeiros brasileiros” como rudes, assassinos, ladrões, feiticeiros, hereges e degenerados, cujo castigo era viver, por alguns anos ou para sempre, em uma terra distante, entre feras e índios antropófagos.
O degredo para o Brasil era uma das maiores punições da justiça portuguesa e, em muitos casos, antecedia apenas a condenação à morte. A Carta de Pero Vaz de Caminha, escrivão da esquadra de Cabral, ao relatar a tomada de posse das terras brasileiras pelos portugueses em 1500, faz referência aos primeiros homens que foram deixados aqui como punição por crimes cometidos em Portugal.
Tal fato tornar-se-ia prática constante durante os primeiros séculos de colonização portuguesa na América e em outras partes. Tanto é verdade, que Camões, em Os Lusíadas, ao cantar as glórias das conquistas marítimas lusitanas, fez alusão ao uso dos degredados como mensageiros e espiões dos capitães de navios.
Em todos os relatos históricos fica claro, a constatação de que os degredados eram graves criminosos, tudo isso reforça a as analises da formação dos males da nossa formação histórica. A obra Retrato do Brasil, de Paulo Prado, publicada na década de 1920, é uma peça em destaque quanto a esse aspecto. Para o autor, a “infeliz” trajetória brasileira deve-se, entre outros fatores, à vinda de “toda uma escuna turva das velhas civilizações”.
Por acreditar que o Brasil foi colonizado por um povo “já gafado do germe da decadência”, Prado reforça a visão do degredo como um dos principais elementos que desqualificam a nossa formação social. (Souza, 1994. p. 81). Nas terras do Brasil, entre estes padres que solicitavam seus penitentes durante, antes ou depois da confissão, identificamos alguns que foram degredados em outras províncias do próprio Brasil ou que, da colônia foram enviados para outros territórios ultramarinos do império português.
O padre Bernardo Borges, vigário do Rio de Janeiro, foi condenado ao degredo em Angola por 10 anos. Padre Pedro Homem da Costa, 51 anos, residente na Paraíba; padre Antônio Esteves, de Pernambuco, 45 anos; padre Antônio Alvares Puga, 46 anos; padre Manuel Pinheiro Oliveira, 53 anos, vigário de Congonhas nas Minas Gerais; e um certo padre Francisco do Rio de Janeiro, 52 anos.
Todos foram expulsos de suas paróquias e proibidos, por toda a vida, de voltarem a elas. Outros foram degredados num outro Convento distante do local de seus pecados, como foi o caso de dois freis pernambucanos: José de Jesus Maria, 62 anos e Manuel de Jesus, 50 anos. Para quem conhece a história da colonização dos Estados Unidos sabe bem a diferença e porque é uma potencia mundial.
Tudo isso exposto acima pode estar relacionado com nossa educação e nossas diferenças, nós somos ainda um país jovem em formação e a educação demanda tempo, não se pode comparar os brasileiros com os europeus. Um americano, casado com uma brasileira, morou em São Paulo por 3 anos.
Depois dessa experiência, ele voltou para sua terra natal e fez questão de criar uma lista de 20 motivos pelos quais odeia viver no Brasil. Acho que 3 anos vividos em uma capital não reflete a realidade brasileira, embora não podemos generalizar, em todas as comunidades vamos encontrar ambientes diferentes, mas é evidentes que há algumas verdades em seu relato. Veja na página 3 a relação.
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