O carro chefe na campanha será a corrupção, violência e o desemprego

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Fala se tanto da violência, mas no Brasil ela passou dos limites, vai precisar muita criatividade e esforço de todos para diminuir os índices. Outro fato que irá ocupar um bom tempo dos candidatos será o desemprego, serão os assuntos principais dos candidatos à Presidência da República e aos governos estaduais.

É importante que a sociedade, por seus vários segmentos, estude, debata e entenda a complexidade dessas mazelas que, no Brasil, assumiram proporções de tragédia social e se tornaram os dois gigantescos desafios da nação como um todo. Em relação à violência, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública produziu um estudo no ano passado sobre o grau de medo da população brasileira a partir de 16 situações de violência ou vulnerabilidade, sob o título “Medo da violência e apoio ao autoritarismo no Brasil”.

Aos 18 anos a grande parcela dos jovens chega o momento de conclusão do ensino médio – portanto, fim da educação básica, para muitos, o ingresso na educação superior a fim de adquirir uma formação universitária que lhes permita o ingresso em uma profissão. É uma época da vida em que começam as preocupações com o futuro, o trabalho e os problemas da vida adulta.

É nesse momento que baixa a grande preocupação, pois pesquisas e estudos vêm apontando que, além dos medos de ordem individual (como o medo de morrer ou de perder os pais), dois medos recorrentes aparecem nos primeiros lugares: o medo da violência e o medo do desemprego.

Este ano por ser eleitoral os assuntos vão pautar a campanha e serão os assuntos principais dos candidatos.

O estudo contém diversas informações úteis para compreensão da situação social vigente no país, com destaque para a conclusão de que, quanto mais amedrontada, mais a população demonstra propensão para apoiar uma mudança. Os brasileiros estão cansados da falta de atitude das autoridades do executivo, Legislativo e Judiciário, o Brasil é recordista em homicídios – mais de 60 mil pessoas assassinadas por ano –, os índices de criminalidade ajudam a desmoronar a confiança da população nas instituições. Segundo estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas em 2016, apenas 29% confia no Judiciário, 11 na Presidência da República e 10%, no Congresso. A consequência imediata desse panorama é a descrença nos atuais ocupantes dos cargos.

Outra grande preocupação é o medo do desemprego, o ano de 2017 fechou com 12,6 milhões de desempregados, equivalentes a 12% da força de trabalho, não é de estranhar que o desemprego atormente a mente dos jovens que entram na universidade e, principalmente, daqueles que se formam, como de resto é o principal flagelo de famílias e profissionais maduros. É bem verdade que o país está saindo da mais grave recessão de sua história, cuja característica é sempre alto desemprego, queda de salários médios e desestruturação financeira de milhões de famílias. Mas o desemprego e o subemprego (trabalho em tempo parcial) são tão elevados que o crescimento da produção nacional necessário para trazer a taxa de desemprego à metade é inalcançável no curto prazo.

Em 27 de dezembro de 2017, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou projeções e informou que, se a economia brasileira crescer 3% em 2018, deverão ser gerados 1,78 milhão de empregos no ano. Para gerar 2 milhões de empregos formais, o PIB teria de crescer 3,5%, diz o MTE. Para um país que tem 12,6 milhões de desempregados e outros 6 milhões em subemprego, é muito pouco. O desemprego continuará elevado. Adicione–se a esse quadro um fenômeno moderno que dificulta a elevação do nível de emprego à medida que o PIB cresce. Trata-se da velocidade com que a tecnologia vem se espalhando pela economia e revolucionando os processos produtivos, cujo efeito é mais produto com menos gente. As tecnologias que permitem aumentar as quantidades produzidas usando menor número de trabalhadores provocarão alteração no mundo do trabalho e obrigarão as nações a descobrir formas de resolver o problema do desemprego e contribuir para diminuir o pânico dos trabalhadores.

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