A comunicação de quem está distante

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O computador ajuda bastante na comunicação, é rápido e muito eficaz. Foi através de algumas horas que uma moça de Alagoas descobriu seu pai em Manhuaçu, ela foi a uma Lan House e digitou seu nome. Só aos 33 anos, através de seu marido que ela descobriu o nome completo de seu pai. Sua mãe nunca quis contar quem era seu pai biológico, mas a natureza tem sua força e sua mãe que estava passando férias em Alagoas deparou com um grande nome de um restaurante que era o sobrenome de seu pai, ela ficou atônita e sem querer leu o nome em voz alta e disse, como pode esse é o nome do pai da minha filha, o seu genro que ouviu correu e contou para sua esposa, foram correndo para a Lan House e digitaram o nome completo, no famoso Google, já que ela sabia o primeiro nome e não deu outra, o Google revelou que aquele nome tinha uma vasta informação na internet. De posse do e-mail de seu suposto pai, ela passou um e-mail e duas horas depois ela já sabia, onde morava seu provável pai. Restavam agora algumas trocas de e-mails e algumas perguntas, já que suas informações davam que seu pai era do estado do Rio, mas o nome veio como Manhuaçu MG, bastou algumas trocas de e-mails para saber que realmente havia encontrado seu pai, este, porém descobriu que tinha uma filha com 33 anos e um casal de netos, que não sabia que existia, passaram alguns meses eles se conheceram e a comprovação através de um exame de DNA, embora fosse só uma mera prova documental, pois a aparência tanto dela quanto dos filhos não deixavam dúvida.

No ano passado uma senhora procurou o Jornal das Montanhas para ajudá-la no reencontro de sua irmã, que havia se separado há mais de 30 anos, desde a separação de seis irmãos, com a morte de seus pais todos foram entregues a famílias diferentes. Celeste já havia encontrado cinco de seus irmãos, mas faltava a sua irmã caçula, publicamos a única foto que ela possuía da irmã e poucas informações, quinze dias depois de postado em nossa página www.jm1.com.br e no Facebook do jornal, recebemos uma ligação de uma senhora que disse conhecer a sua irmã e que ela morava na roça, mas sempre estava em sua casa, foi então marcado um encontro, nesta casa e ligamos da redação do jornal e as duas se falaram por telefone, para a felicidade de Celeste, e agora se comunicam semanalmente e em breve ela virá a Manhuaçu para esse reencontro depois de mais de 30 anos. Além de falar da eficiência da comunicação queremos abordar alguns casos dos anos 60 e 70 onde muitos mineiros saíram para várias cidades, como Volta Redonda para trabalharem na (CSN) Companhia Siderúrgica Nacional, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo. Nosso foco aqui é a comunicação. Com certeza muitos leitores lembrarão as grandes dificuldades que tinham para se comunicar com comunidades do interior do país, principalmente os distritos, não havia telefone, televisão e as estradas eram de terra, asfalto nem pensar, e só restavam os Correios e Telégrafos, uma carta demorava de 15 a 25 dias dependiam muito das estradas, um telegrama com muita sorte poderia chegar ao destino em dois a três dias, as ligações telefônicas precisavam ser feitas de cidades em cidades até completar a ligação.

Mas isso não era obstáculo para se comunicar, quem morava no Rio, São Paulo ou Paraná sabia mais ou menos o período que demorava chegar uma carta ou um telegrama. Só nos casos especiais, como aniversários, dia das mães, dos pais, natal e ano novo, as pessoas usavam o telegrama para dar um alô, às vezes poucas palavrinhas para não se gastar muito, o mais importante, todos calculavam o tempo e se antecipavam para que as cartas chegassem a tempo, e às vezes as alegrias eram enormes, quando a carta chegava no dia certo. Uns trocavam correspondências com seus pais duas vezes por mês, outros trocavam correspondências semanalmente com amigos e parentes. Hoje com tanta tecnologia na internet, pode-se falar trocar vídeos, e-mails em qualquer parte do mundo em fração de segundos. O mundo hoje não é diferente, os filhos continuam saindo para os grandes centros, para trabalhar ou estudar. Só que muitos têm a sua frente todo dia um computador e passam mais de 15 dias sem dar notícias, mas ainda bem que uma das partes pode saber notícias mesmo que as não recebam, através dos rastros deixados no Facebook ou outras redes sociais. “Meu filho passa mais de 15 dias sem comunicar comigo, mas eu sempre estou vasculhando seu Facebook, e de seus amigos para saber o que se passa com ele”. Declarou Elenice que tem um filho que mora em São Paulo.

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