A venda de títulos públicos pela internet registrou o pior resultado do ano em julho. Segundo balanço divulgado hoje (23) pelo Tesouro Nacional, os investidores cadastrados no Programa Tesouro Direto adquiriram R$ 225,92 milhões no mês passado. O montante representa cerca de um terço do recorde de R$ 616,92 milhões vendidos em janeiro deste ano.
De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, as vendas foram baixas em julho porque não houve grandes vencimentos de títulos do Tesouro Direto. Sem a necessidade de trocar os papéis, explicou ele, os investidores compraram menos.
Apesar disso, o coordenador ressaltou que o Tesouro Direto continua sendo atrativo. “As emissões continuam a superar o que está vencendo, o que indica que o estoque de títulos está crescendo de forma significativa”, declarou.
Os papéis corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foram os mais procurados, concentrando 61,74% desse valor. Em seguida, vieram os títulos prefixados (com juros definidos antecipadamente), cuja participação atingiu 32,9%. Os papéis vinculados à taxa básica de juros (Selic) corresponderam a 5,36% das vendas.
O número total de investidores cadastrados no programa totalizou 309.602, o que representa incremento de 22,50% nos últimos 12 meses. Somente em julho, 3.983 participantes aderiram ao Tesouro Direto.
O programa de venda de títulos públicos pela internet http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/> foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem que pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos.
A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver o valor com um adicional, que pode variar de acordo com à Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa fixa, definida antecipadamente.
Agencia Brasil