O Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou, por meio de relatório aprovado na última quarta (15), que o governo atualize e divulgue dados relativos à execução de obras para a Copa do Mundo de 2014. O relatório cita a atualização de informações sobre obras de infraestrutura básica já anunciadas, como reformas em estádios, rodovias e aeroportos. Também pede a identificação de obras nas áreas de hotelaria, segurança e telecomunicações para posterior fiscalização.
Antes da divulgação do relatório, as falhas foram encaminhadas no Ministério dos Esportes, que coordena o Comitê Gestor para a Copa do Mundo 2014 (Gecopa). Em resposta, a pasta afirmou que já foram iniciadas as discussões dos temas do segundo ciclo – obras complementares às de infraestrutura básica, onde estão as ações nas áreas de hotelaria, segurança e telecomunicações. A meta do Gecopa é que as ações do segundo ciclo sejam identificadas até o dia 30 de junho.
O relator das obras da Copa no TCU, ministro Valmir Campelo, diz no relatório que é fundamental que o governo identifique as ações do segundo ciclo. “Sem ele [segundo ciclo], (…) não vislumbro como acompanhar, por exemplo, se o número de leitos nos hospitais será suficiente, ou se a infraestrutura hoteleira estará em condições de bem receber os turistas, ou ainda se existem condições suficientes para garantir a segurança dos jogos”.
Campelo também critica o fato de o governo não pretender divulgar os gastos gerais da Copa, mas apenas aqueles em que haja a necessidade de cooperação entre os entes federativos e os mais relevantes em volume de investimentos e em relação à natureza da ação. “Julgo que essa predisposição em não contemplar todos os gastos em um único documento consolidado representa uma prévia assunção às cegas dos riscos envolvidos para a realização bem sucedida do Mundial”.
O TCU deu prazo até 30 de julho para que o Ministério dos Esportes encaminhe uma relação com as ações do segundo ciclo de planejamento do mundial (etapas, valores, responsáveis e cronogramas). O ministério também deverá encaminhar, bimestralmente, relatório da execução físico-financeira das ações de todos os ciclos de planejamento.
Agência Brasil