Petrobras tem lucro líquido de R$ 6,3 bilhões no terceiro trimestre

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Rio de Janeiro – A Petrobras divulgou hoje (11) os resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre do ano, com destaque para o lucro líquido de R$ 6,336 bilhões, inferior em 42% ao lucro líquido do segundo trimestre, que foi de R$ 10,942 bilhões. Também houve queda se comparado ao terceiro trimestre de 2010, que atingiu R$ 8,566 bilhões. Já nos nove meses do ano, o lucro líquido foi de R$ 28,264 bilhões, 15% superior ao mesmo período do ano passado, que foi de R$ 24,588 bilhões.

 

Os resultados foram divulgados pelo diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Almir Barbassa, que creditou o número negativo no trimestre em parte às variações cambiais, mas sem maiores efeitos desfavoráveis na empresa. “A geração de caixa continuou estável na companhia. Ela não é afetada pelas variações cambiais, que afetam o resultado líquido. No entanto, a geração de caixa, que é muito importante diante do plano de negócios que nós temos a implementar, continuou no mesmo ritmo que vinha e até cresceu, de um trimestre para outro”, explicou Barbassa.

 

A venda de derivados de petróleo no mercado interno registrou alta de 4% no trimestre comparado ao trimestre anterior, com destaque para o diesel (+9%) e querosene de aviação (+6%). “O consumo está crescendo acima do PIB [Produto Interno Bruto] no Brasil. Por fatores como distribuição de renda. O consumo, no conjunto, cresceu mais do que a produção no período. A produção cresceu 1%, comparado com o ano passado, e o consumo medido pela Petrobras cresceu 9%.”

 

As vendas de gás natural apresentaram alta de 8% no terceiro trimestre sobre os três meses anteriores, com destaque para o aumento no consumo de gás natural térmico, de 53 mil barris por dia no segundo trimestre deste ano, comparado a 73 mil barris por dia no terceiro trimestre. Em relação ao terceiro trimestre de 2010, houve declínio nas vendas de gás natural na ordem de 8%, comparado a igual período de 2011, causado pelo menor uso do combustível na geração de energia das termelétricas, graças ao melhor regime de chuva que alimenta as hidrelétricas.

 

A balança comercial da companhia, de janeiro a setembro, ficou negativa em 84 mil barris por dia, explicado pelo aumento no consumo de combustíveis no mercado interno. Nos nove primeiros meses do ano passado, a balança era positiva em 45 mil barris por dia. “O efeito cambio é um grande redutor do resultado deste trimestre”, concluiu Barbassa.

 

Agência Brasil

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