Os empresários brasileiros são os mais confiantes do mundo em relação ao crescimento da economia nacional este ano. A conclusão faz parte da 7ª Pesquisa de Líderes Empresariais Brasileiros, divulgada hoje (28), no Rio de Janeiro, durante o Fórum Econômico Mundial para a América Latina.
De acordo com o estudo, 58% dos líderes de companhias nacionais demonstram otimismo neste cenário, bem acima da média dos demais países, que envolve 48% dos empresários.
A pesquisa, apresentada pela empresa de consultoria PwC, foi realizada com base em 1.201 entrevistas com empresários de 69 países.
Segundo o coordenador do levantamento, Henrique Luz, esses dados confirmam o papel de destaque que o país vem assumindo na economia global. Ele ressaltou, no entanto, que, numa visão mais ampla e menos imediata, o otimismo dos empresários brasileiros fica em 50%, muito próximo dos 51% dos demais países.
“Com esses dados, fica claríssimo que o Brasil é mesmo o país da moda, mas quando se projeta para três anos, existe uma confluência de opinião. Os empresários que sofreram mais a crise, fora do Brasil, quando olham para frente, acham que estarão em plena recuperação”, afirmou.
O documento destaca, ainda, que o principal gargalo para os negócios nacionais é o excesso de regulação. Quase sete em cada dez empresários brasileiros consideram essa questão a maior ameaça para as companhias.
“Uma empresa para chegar no Brasil e começar a operar um produto, só na parte burocrática, pode levar cinco meses. A parte regulamentar brasileira é complexa, é difícil. E para fechar a empresa esse tempo pode ser ainda mais longo”, acrescentou.
Além disso, foram citados como entraves à falta de capital humano qualificado a adoção de medidas protecionistas por outros países em relação às suas economias e o déficit de infraestrutura, principalmente no setor de transportes e energia.
Por outro lado, para ampliar o estímulo ao ambiente de negócios no país, os líderes de empresas nacionais destacaram como reformas prioritárias a redução da carga tributária, a modernização da legislação trabalhista e as privatizações ou concessões para projetos de infraestrutura.
Agência Brasil