Indústria paulista demite mais e tem pior outubro em cinco anos

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O diretor adjunto do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Walter Sacca, disse hoje (16) que a indústria paulista de transformação deverá fechar o ano com nível de emprego estável ou com variação próximo de zero.

 

Segundo o executivo, enquanto a demanda do comércio varejista tem crescido acima da média do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas geradas no país, a indústria brasileira vive “um período ruim há 20 meses”, em parte por causa da concorrência dos produtos importados. Ele informou que as demissões neste ano começaram mais cedo na indústria de transformação paulista, que teve o pior desempenho para um mês de outubro desde 2006.

 

No mês passado, o nível de emprego caiu 0,66%, na série sem ajuste sazonal, com o corte de 18 mil vagas. No ano, no entanto, houve expansão de 3,17%, com 82 mil novos posto de trabalho. Em igual período do ano passado, porém, esse percentual de crescimento tinha sido bem maior (8,13%). Só a indústria do açúcar e do álcool eliminou 14.033 vagas em outubro.

 

A redução na oferta de vagas foi puxada por um desaquecimento das atividades no interior paulista, com queda média no nível de emprego de 1,06%, com destaque para os produtos alimentícios. Neste segmento, foram fechadas 15.219 vagas em todo o estado.

 

Na avaliação de Sacca, a tendência é que haja uma piora no próximo ano, como efeito da crise econômica em países europeus. “Não vamos ficar imunes ao que está ocorrendo na Europa”, disse ele. O executivo também reclamou de impactos nocivos vindos da “defasagem cambial e dos juros altos”.

 

Agência Brasil

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