Por Devair Guimarães de Oliveira
Quando surgiram às cooperativas de créditos muitas pessoas pensaram que elas vieram para resolver problemas do povo mais carente e realmente no inicio elas ajudaram bastante a classe mais pobres. As ambições dos diretores fizeram uma verdadeira combinação dos jeitinhos brasileiros logo foram mudando os estatutos e hoje são uns verdadeiros cabides de empregos com salários muito acima da média local e verdadeiras mordomias, veja as cooperativas que você conhece e veja em 20 anos quantos diretores passaram, transformaram as cooperativas numa máquina de ganhar dinheiro e privilégios para poucos, leia os estatutos e veja em todos estes anos onde foi parar os lucros, os associados são manipulados assembléias previamente marcadas com trabalhos juntos aos associados, a maioria nem sabe das assembleias pouca divulgação e tudo muito bem estudado para perpetuar no poder os de sempre com altos salários, desviando totalmente a finalidade para qual fora criadas.
As cooperativas hoje exploram tanto, quanto os bancos, cobram taxas de manutenção e juros altos. Vale ressaltar que as cooperativas mesmo não privilegiando os associados, elas ainda desempenham um papel importante para o município mantendo suas economias na localidade, o que não fazem os bancos.
Não é fácil obter crédito. Exigências como renda declarada em folha e tributos elevados afastam cerca de 70% da população brasileira do sistema financeiro tradicional. Diante da falta de oportunidades, comunidades de baixa renda têm se organizado para criar seus próprios bancos. Essas iniciativas serão tema de debate na 8ª Expo Brasil Desenvolvimento Local, realizada de 25 a 27 de novembro, no Anhembi, em São da Paulo.
Grupos de interessados da região estão se organizando para participar e trazê-la para a região a ideia do banco comunitário, para ver se melhora a vidas das pessoas com mais transparência e estatutos que proíba altos salários e perpetuação na presidência. Circulação de moedas própria e voltada para aquecer economias locais, os bancos comunitários ganham força e se multiplicam pelo país. A Rede Brasileira de Bancos Comunitários já contabiliza mais de 30 afiliados instalados em diversos estados. O precursor do grupo é o Banco Palmas, que funciona há mais de 10 anos em Fortaleza (CE) e reaplica a metodologia aos demais.
“Cada um desses bancos tem sua estratégia, seu conselho gestor e sua moeda social”, destaca Joaquim Melo, presidente da Rede e um dos fundadores do Palmas. De acordo com ele, um dos principais requisitos para montar a instituição é a participação dos moradores e o controle social.
Crédito facilitado
A principal diferença dos bancos comunitários para os oficiais é que eles não visam o lucro. Em vez disso, apóiam o desenvolvimento local integrado por meio do financiamento a pequenos grupos produtivos. O crédito aos empreendimentos é combinado com contrapartidas sociais, como oferta de empregos para jovens da própria comunidade. Para empréstimos em Real, a taxa de juros fica sempre abaixo da praticada pelo mercado e em moeda social não há cobrança de juros.
Parcerias com correspondentes bancários, como a Caixa Econômica Federal e o Banco Popular do Brasil, garantem operações como pagamento de boletos de água e energia elétrica. “Assim, as pessoas não precisam se deslocar até áreas centrais, gastando dinheiro com passagem, para pagar suas contas”, ressalta Melo, que será um dos palestrantes da 8ª Expo.
O objetivo da moeda social, explica Melo, é estimular a compra de bens e serviços produzidos na comunidade, movimentando a economia do território. Para cada moeda social emitida, deve existir, no banco comunitário, um valor correspondente em moeda oficial. A circulação da moeda alternativa é livre no comércio local e todas as pessoas cadastradas no banco comunitário podem trocar a moeda social por Real, caso queiram fazer uma compra ou pagamento fora do município ou bairro.
Saiba mais sobre a Rede Brasileira de Bancos Comunitários em http://www.bancopalmas.org.br/oktiva.net/1235/secao/9963
Para saber mais sobre o evento, acesse www.expobrasil.org
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Fonte: Assessoria de imprensa da Expo Brasil, por Fernanda Barreto.