BDMG será um dos cotistas do fundo de investimentos Criatec II

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O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) será um dos cotistas do fundo de investimento em participações Criatec II, criado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O objetivo é investir em projetos de empresas inovadoras, de base tecnológica e com faturamento líquido anual de até R$ 10 milhões. O BDMG participará com R$ 10 milhões e deverá apoiar, nos próximos quatro anos, 36 empresas em seis polos regionas, sendo Minas Gerais um deles.

O BNDES já publicou o edital da chamada pública para a seleção do gestor do Criatec II. O fundo terá um gestor nacional e, pelo menos, seis gestores regionais que atuarão nos seis polos, divididos em quatro regiões do Brasil. “Esse fundo compra uma participação na empresa e a ajuda a se desenvolver, contribuindo  na gestão da empresa. Quando a empresa cresce, o fundo vende essa participação, obtendo retorno financeiro”, explica o analista de projetos especiais do BDMG, Silvio Dias.

Ainda segundo Sílvio Dias, investidores privados não costumam investir em empresas emergentes, já que o risco é maior. As empresas que estão começando, investidas por fundos de capital semente, que conseguem um bom êxito, com elevado retorno, podem futuramente ser investidas por fundos de venture capital e private equity.

O patrimônio comprometido do Criatec II será de, no mínimo, R$ 170 milhões, sendo que a participação do BNDES poderá alcançar até 80% desse valor, limitado a R$ 136 milhões. O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) comprometeu-se com R$ 30 milhões.  Além do BDMG, que se comprometeu com 10 milhões, o Banco de Desenvolvimento do Sul (Badesul) também entrará com o mesmo valor. Outros investidores institucionais também poderão ingressar no quadro de cotistas do fundo, mesmo após o lançamento do edital.

Perfil inovador

O lançamento do Criatec II é fruto dos bons resultados obtidos pelo primeiro fundo Criatec, que iniciou sua operação em 2007, com um perfil pioneiro de aportar recursos em 36 empresas de pequeno porte ou start-ups com forte perfil inovador, muitas delas ligadas às principais incubadoras ou parques tecnológicos do país. Atualmente, várias das start-ups já estão operando no mercado após o desenvolvimento de produtos inovadores e de tecnologia de ponta.

No caso do Criatec I, constituído com  aportes do BNDES de R$ 80 milhões e outros R$ 20 milhões do BNB, embora seu prazo de duração seja de 10 anos, o período de investimentos já foi encerrado. Após quatro anos selecionando os melhores investimentos, os próximos anos serão dedicados a fazer com que as investidas cresçam de formaacelerada e que as participações acionárias de propriedade do fundo possam ser vendidas para outros fundos ou agentes do mercado, garantindo adequado retorno aos cotistas.

Entre as diversas empresas mineiras do Criatec I, está a Rizoflora,spin-off da Universidade Federal de Viçosa dedicada à produção de biodefensivos para uso agrícola, com o primeiro produto destinado ao controle biológico dos nematoides, parasitas de plantas responsáveis por grandes perdas em culturas como cana, soja e hortaliças.

Há também a In Vitro Cells,spin-off da Universidade Federal de Minas Gerais, incubada na Biominas e dedicada à realização de testes in vitro que determinam o efeito de fármacos e cosméticos nas células, além de testes para saúde humana que possibilitam o diagnóstico precoce de futuras doenças.

Agencia Minas

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