O Banco Central (BC) está atento ao comportamento da economia e não hesitará em adotar medidas que livrem o país de pressões inflacionárias, disse hoje (19), no Rio de Janeiro, o diretor de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos e de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, Luiz Awazu.
“O Banco Central está vigilante e não hesitará em adotar medidas, se necessárias, para garantir a convergência da inflação para o centro da meta em 2011”, afirmou Awazu ao participar do 30º Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex 2011).
Awazu lembrou que, no início do ano, com o ritmo acelerado de crescimento da economia brasileira, combinado a outros fatores, o cenário doméstico estava gerando pressões inflacionárias importantes. Além disso, havia pressões decorrentes da alta de preços no mercado internacional.
O diretor destacou que foi diante desse panorama que o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou, desde sua primeira reunião do ano, o processo de aumento da taxa básica de juros, a Selic. Segundo Awazu, depois de oito meses, já se observam os primeiros resultados desse processo, com o BC “acertando as bases para que a inflação convirja para o centro da meta em 2012”.
O preocupante, agora, é o contexto econômico global, de grande complexidade e marcado pela volatilidade dos mercados. Para o diretor do BC, os contratempos trazidos pela atual crise econômica não serão vencidos rapidamente. “Temos que ter frieza na análise dos riscos globais atuais, para ver como eles repercutem sobre o Brasil”.
Awazu disse que a inflação dos dois últimos meses diminuiu, tendo atingido, em julho, a menor taxa do período. “E a inflação projetada pelo próprio mercado para o segundo semestre de 2011 é compatível com o valor para o centro da meta [estabelecido em 4,5%]. A inflação já está em trajetória declinante”, disse o diretor do BC.
Agência Brasil