Por: Virginia Toledo, Rede Brasil Atual
Dilma Roussef acompanha início do desvio do Rio Madeira para a usina hidrelétrica de Santo Antonio, em Rondônia
São Paulo – Palco de protestos trabalhistas durante o mês de março, o canteiro de obras da usina de Santo Antonio recebeu, nesta terça-feira (5), a presidenta Dilma Roussef que foi ao local para acompanhar o início do desvio do leito do Rio Madeira para as obras da barragem da usina. As obras das usinas do complexo do Rio Madeira, Santo Antonio e Jirau, ficaram paralisadas por quase 20 dias por conta de protestos de trabalhadores que reivindicavam melhorias nas condições de trabalho.
Ao discursar no canteiro de obras da usina, a presidenta destacou o empenho do ex-presidente Lula na concretização da obra. Ela iniciou suas palavras elogiando os trabalhadores que representam várias partes do Brasil. E reclamou ao consórcio responsável por Santo Antônio dos 10% de mulheres empregadas no empreendimento.
Em entrevista a duas rádios locais, antes de dirigir-se às obras, a presidente destacou a importância do estado de Rondônia como fronteira agrícola e, agora, segundo ela, com a energia vinda das hidrelétricas passará também a ser uma fronteira de crescimento. Ela afirmou que o Brasil vive momento histórico por voltar a investir em usinas hidrelétricas.
“Aqui em Rondônia vocês têm terra, potencial de produção de alimentos e um avanço muito grande da agroindústria”, enfatizou a presidenta. Segundo ela, do montante a ser investido, R$ 415 milhões são recursos a fundo perdido. Deste modo, o custo das obras não trarão problemas para os cofres do governo estadual. “Para mim é uma questão de honra que se tomem todas as medidas para que as obras saiam”, alertou Dilma.
A hidrelétrica integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e a expectativa é que comece a gerar energia ainda este ano.