Dia do Rio

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Luiz Carlos Amorim

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

Tivemos, em 24 de novembro, o Dia do Rio. Nada tão oportuno. Este é um dia que deveria ser muito mais divulgado, para lembrarmos que precisamos proteger nossos rios, ao invés de poluí-los, de envenená-los, de matá-los.

Já existem muitos rios mortos por esse mundo afora, como o Cachoeira, de Joinville, por exemplo. E há urgência não só em cuidar dos rios que ainda estão vivos, mas também em limpar os rios mortos, fazê-los renascer. Porque os rios é que fornecem a água para as nossas cidades, para as nossas casas, condição sine qua non para continuarmos vivendo. Se destruirmos os rios, ficaremos sem água. E sem água potável, não há vida para nós, seres humanos.

Então precisamos parar de jogar lixo nos rios, precisamos parar de jogar esgoto nos rios, tanto doméstico quanto industrial. Vemos esgotos de prédios e de indústrias desembocando nos nossos rios, vemos nossos rios virarem esgoto a céu aberto e ninguém faz nada. Nem nós, que deveríamos exigir que fossem tomadas providências, nem o poder público, que deveria coibir tais práticas.

E não é só isso que mata nossos rios. O agrotóxico usado na agricultura escorre para os rios e os contamina. A criação de animais, na agropecuária, quando não trata os rejeitos adequadamente, também contamina os rios, pois tudo acaba sempre escorrendo para um deles.

Mesmo o lixo comum, que acumulamos todo dia, jogados no rio, ou no riacho, acabam colaborando para matar um pouquinho nossos mananciais de água. Porque há lixo que leva muitos anos para se decompor e eles ficam lá, envenenando a água e os peixes.

Há que reflitamos sobre o nosso tratamento aos nossos rios, melhor dizendo, nosso descaso e desrespeito. Se não nos conscientizarmos urgentemente de que devemos preservar nossos rios, não teremos mais água amanhã. O tempo está correndo e temos pouco tempo. Nossos rios pedem socorro. E, paradoxalmente, eles é que são o nosso socorro. Sem eles não vivemos. Sem água não vivemos. Então eles precisam viver, precisamos de rios vivos e sua água limpa. O futuro sem água não existe.

 Sobre o autor: Luiz Carlos Amorim é Coordenador do Grupo Literário A ILHA em SC, com 30 anos de atividades e editor das Edições A ILHA, que publicam as revistas Suplemento LIterário A ILHA e Mirandum (Confraria de Quintana), além de mais de 50 livros. Editor de conteúdo do portal PROSA, POESIA & CIA. e autor de 26 livros de crônicas, contos e poemas, três deles publicados no exterior. Colaborador de revistas e jornais no Brasil e exterior – tem trabalhos publicados na Índia, Rússia, Grécia, Estados Unidos, Portugal, Espanha, Cuba, Argentina, Uruguai, Inglaterra, Espanha, Itália, Cabo Verde e outros, e obras traduzidas para o inglês, espanhol, bengalês, grego, russo, italiano -, além de colaborar com vários portais de informação e cultura na Internet, como Rio Total, Telescópio, Cronópios, Alla de Cuervo, Usina de Letras, etc.

O autor assina, também, o Blog CRONICA DO DIA, em Http://luizcarlosamorim.blogspot.com 

Visite o Portal PROSA, POESIA & CIA.
do Grupo Literário A ILHA, em
Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Lá está a revista Suplemento Literário A ILHA,
edição 114 de Setembro2010, ainda comemorando os 30 anos do grupo e da revista,
com muita prosa e poesia e muita informação literária e cultural.
E a revista eletrônica Literarte de Setembro, com mais contos, poemas e crônicas e muito mais informação.
Além de dezenas de seções como Grandes Mestres da Poesia,
Autores de SC, Literatura Infantil, antologias
como Todos os Poetas, O Tema do Poema,
Feira de Contos, Crônica da Semana, etc.
Saiu o número 5 da revista Mirandum, da Confraria de Quintana.

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