A defesa do piloto paranaense Asteclínio da Silva Ramos Neto, preso desde meados de abril no Peru após ter a aeronave abatida pelas forças policiais daquele país, deve entrar com pedido de liberdade do brasileiro esta semana. O advogado Rodrigo Faucz, contratado pela família do paranaense, está com a mãe do piloto, Vera Lúcia de Moura, em Lima, capital peruana, onde vão se reunir hoje (1º) com diplomatas na Embaixada do Brasil.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, no dia 17 de abril, a embaixada brasileira em Lima foi informada pelas autoridades peruanas sobre a prisão do brasileiro por “estar pilotando aeronave que seria utilizada para transporte de quantidades consideráveis de drogas, destinadas ao mercado internacional”.
“Junto com o defensor público designado para acompanhar o caso, vamos tentar que Asteclínio responda em liberdade. Nossa intenção é que ele possa responder ao processo no Brasil e pediremos apoio do governo brasileiro”, disse Faucz à Agência Brasil.
De acordo com o Itamaraty, na tarde do dia 17 de abril, o brasileiro foi transferido para Lima e internado no hospital público Hipólito Unanue, por ter sido baleado no braço e no abdômen. No dia 21 de maio, o piloto recebeu alta e foi levado para presídio em Satipo, no departamento de Junin.
“O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Divisão de Assistência Consular e da Embaixada em Lima, segue prestando ao senhor Asteclínio da Silva Ramos Neto toda a assistência cabível”, informou, em nota, o Itamaraty.
O advogado Rodrigo Faucz disse que vai pedir ajuda à embaixada brasileira para que ele e a mãe do piloto consigam visitá-lo no presídio. “Também vamos tentar reuniões com o juiz que decretou a prisão preventiva, com o promotor do caso e com as autoridades penitenciárias”, afirmou Faucz.
De acordo com o advogado, a acusação relacionada ao tráfico de drogas é infundada. “Não foram encontradas drogas no avião abatido”, disse Faucz.
Agência Brasil