O que aprendemos e ensinamos sobre o natal, qual o verdadeiro sentido do natal? Enfeites? Papai Noel? Árvore de Natal? Presentes? Apesar da luta de muitos para que o dia de Natal seja só alegria, estamos longe de atingirmos este dia. As pessoas precisam compartilhar mais, comunicar e amar mais. Se pudéssemos no dia de Natal, dividir o Brasil em dois grupos, de um lado todos os que estão diante de mesas fartas, presentes e alegrias. Do outro lado os excluídos, os que não têm mesas, comidas suficientes e nem ganharam presentes. A ministra de Desenvolvimento e Combate à Fome, Tereza Campello, anunciou ano passado que o Brasil tem 16,27 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza, o que representa 8,5% da população.
É comum na noite de Natal, vermos casas lotadas comidas e bebidas, som, alegria, mas se quisermos conhecer a realidade de muitas pessoas, eles estão logo ali, é lógico que a noite de Natal traz muitas alegrias, mas não podemos deixar de pensar nestes milhões citados acima. Nas pequenas comunidades, no interior, nas comunidades das periferias, onde todas as crianças brincam umas com as outras: quem te deu este presente? Foi Papai Noel, a criança olha para seus amiguinhos e observa que a maioria não pode dizer o mesmo, cadê esse Papai Noel que não passou lá em casa?
Na noite de Natal em casas que não tem comida suficiente, o que você acha que as crianças pensam? Umas perguntam para outras sobre a noite de Natal.
Se observarmos, vamos ouvir bastantes diálogos que às vezes nos faltam sabedoria para entender as crianças, como aquela famosa canção de Natal que diz: “seja rico, ou seja, pobre o velhinho sempre vem” as crianças geralmente dizem o que sente, por mais que as pessoas se conscientizem das desigualdades, o quadro merece reflexão: cartinhas de crianças para Papai Noel merecem ser meditadas, como pode uma lata de leite condensado, uma caixa de bombom, ser o maior sonho de uma criança, ou em seus pedidos de Natal, que ao invés de pedir brinquedos pedem cestas básicas? Precisamos urgentemente repensar nossas vidas. Quem não vive para servir, não serve para viver – Mahatma Gandhi!
O Natal é uma data de renovar esperanças, sonhos e fé. Um dia de emoção, união, confraternização, perdão, harmonia.
Mas porque e para quê o Natal existe? Por causa de quem? Para quem? Você já se perguntou isso? Qual foi a sua resposta a si mesmo?
Uma coisa é certa, se não existisse enfeites natalinos, ainda assim existiria o Natal, pois o Natal passou a existir em um lugar humilde, sem decoração alguma.
Penso que o Natal seria melhor se fosse uma data onde não precisássemos ganhar ou dar presentes, comemorar esse dia em que, a humanidade ganhou o maior e mais valioso presente. Não precisariam de lâmpadas pisca-pisca, luzes brilhantes e bolinhas, pois um dia uma Estrela Guia brilhou resplandecendo no céu e anunciando a chegada do nosso salvador Jesus.
Damos crédito a tantas coisas banais só por serem temáticas, midiáticas e estilizadas nesta data, e nos esquecemos do tema principal, o nome de Jesus, o qual sem Ele, jamais existiria o verdadeiro Natal.
O Natal é a expressão do amor de Deus à humanidade, onde surgiu uma nova oportunidade e esperança dada ao homem, o plano da Salvação.
Passamos o ano todo ocupados com nossos afazeres e lazeres, trabalhamos, festejamos, passeamos, curtimos a família, os amigos e a vida ao máximo, e achamos que esse é o sentido de viver, que isso basta para completar, satisfazer e alegrar o coração. É claro que temos que valorizar as pessoas, amigos, família e amar ao próximo como a nós mesmos, mas às vezes não lembramos do nome daquele que nos trouxe o Natal, nos esquecemos de tudo que Ele fez, o que Ele faz, do que Ele é capaz, nem lembramos que tudo que temos e somos, é permissão e bênção d’Ele, o sucesso, o amor, a prosperidade, a felicidade, a família, a vida, o Natal, tudo vem d’Ele.
Quanto tempo nós passamos sem dizer Eu te amo! Muito Obrigado! Você é especial! Às vezes nos esquecemos de expressar isso para as pessoas que amamos e fazem parte da nossa vida, e a gente também nem se lembra de dizer isso a Ele, o dono da vida. Por muitas vezes esquecemos de orar, falar com Deus em favor do próximo, agradecer e reconhecer, mas mesmo assim, sua mão protetora continua estendida, e com imenso carinho nos abençoa todos os dias.
Chega o fim do ano, e nem sempre as coisas mudam, pois onde está Ele em nos-sas vidas? Será que guardamos sua palavra em nossos corações? Onde colocamos o Mestre em nossas vidas? Que espaço temos dado a Jesus? Qual a importância da presença d’Ele em nossa vida? Será que nossas perguntas seriam positivas e satisfatórias a nós e a Ele?
O mercado nos envolve, seduz, estimula, enche os nossos olhos, nossas mentes, e nos faz gastar o nosso dinheiro, de preferência de coisas só para nós ou para quem nos convém, mas a quem nos convém? Onde fica o amar ao próximo? O que significa fazer o bem?
Enquanto tantos precisam de um gesto, um carinho, uma atenção, nós agimos como se o Natal fosse exclusivamente nosso, deixamos o mercado e as culturas nos roubarem o verdadeiro sentido natalino, pois já nem se fala tanto no Menino Jesus e no seu ministério.
Lembre-se de pensar um pouco no seu próximo e naquele para qual o Natal existe.