Após anunciar dois novos programas esta semana, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou (10) quais serão as estratégias adotadas pela pasta para combater eventuais desvios de recursos. No caso do programa Melhor em Casa, o cadastro das equipes de profissionais de saúde terá que ser atualizado mensalmente. Já no programa SOS Emergências, serão realizadas auditorias prévias para comprovar a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.
“Fizemos uma grande política – e vamos continuar – de combate ao desperdício dos recursos na saúde”, disse, ao participar de entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da EBC Serviços em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Segundo ele, apenas a centralização da compra de medicamentos permitiu uma economia de cerca de R$ 600 milhões no primeiro semestre deste ano.
Cada hospital incluído no SOS Emergência terá ainda um núcleo de acesso e qualidade, responsável por elaborar um diagnóstico das medidas implementadas. “Para mudar a realidade de uma urgência e emergência ou de um pronto-socorro é preciso, às vezes, ampliar os leitos de UTI [Unidade de Tratamento Intensivo], ter enfermarias de retaguarda, ampliar as UPAs [unidades de Pronto-Atendimento] 24 horas”, explicou.
De acordo com o ministro, o cadastro de equipes que trabalham para a pasta permitiu, por exemplo, o cruzamento de dados de médicos do Saúde da Família. Após a comprovação de que alguns registros profissionais estavam sendo utilizados em mais de um município, 3.500 equipes foram descredenciadas do programa. Fraudes detectadas pelo cadastro também levaram ao afastamento de mais de 2 mil equipes do Saúde Bucal e de 16 mil agentes comunitários de saúde este ano.
Agência Brasil