Como já sabemos, o acordo ortográfico estabelecido entre os países lusófonos já está em vigor no Brasil desde o dia 1º de janeiro. Vamos continuar hoje com a nossa “novela”…
No artigo passado, falamos sobre a inclusão de K, W e Y no alfabeto e também sobre a extinção do trema e a retirada do acento dos ditongos ÉI e ÓI das palavras paroxítonas. Vamos continuar com as modificações na acentuação.
2. Não se usa mais o acento, nas palavras paroxítonas, no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. Não se esqueça de que ditongo é o encontro de dois fonemas vocálicos na mesma sílaba. Veja os exemplos: baiúca e feiúra.
Coloquei o acento só para explicar. Observe que o u é tônico (forte) e que antes dele vem um ditongo: ai e ei. A queda só acontece com as palavras paroxítonas. Se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem no final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: Piauí, tuiuiú, tuiuiús. Também se estiverem no interior da palavra e não estiverem antecedidos por ditongo, receberão acento: saída, saúde, balaústre.
3. Não use mais acento nas palavras terminadas em êem e ôo ou ôos. Exemplos: crêem, dêem, lêem, vêem. Agora é: creem, deem, leem, veem. Também perderam o acento as palavras voo, enjoo, abençoo, voos, enjoos, etc. Cuidado, pois as formas eles vêm (verbo vir), eles têm (verbo ter) e seus derivados, continuam com acento diferencial: eles intervêm, eles contêm, etc.
4. O acento diferencial ficou restrito às palavras: pôr (verbo), pôde (passado do verbo poder), vêm e têm (verbos ver, ter e seus derivados) e, facultativamente, para diferenciar as palavras FÔRMA e FORMA, em alguns casos, para deixar mais clara a frase: O bolo está na forma que eu queria. Escrita dessa forma, não se sabe se o bolo está na vasilha que eu queria ou se está da maneira como eu queria. Se eu quero dizer que o bolo está na vasilha que eu queria, a palavra deve ser acentuada: fôrma.
Perderam, pois o acento as palavras: côa e côas (verbo coar), pára (verbo parar), pólo (extremidade ou jogo), pêlo e pêlos (substantivo), pélo, pélas (verbo pelar), pêra (fruta), pólo (gavião novo). Veja, nos exemplos, a nova grafia: Ele coa o café toda manhã.
/ A defesa do Flu para qualquer ataque… / Ele foi ao Polo Sul jogar polo e pegar, no ninho, um polo… / Ele pela o pelo do gato…
A forma do verbo parar, PARA, sem acento, pode gerar alguma dúvida no sentido da frase, se o redator estiver desatento:
MARCHA PARA A CIDADE DE SÃO PAULO. Qual o sentido dessa declaração? A marcha paralisa a cidade de São Paulo ou declara que a marcha se encaminha para São Paulo? Acredito que a falta do acento possa gerar, algumas vezes, dúvida quanto ao sentido da frase. É bom ficar atento.
Havia um tipo de acento que ninguém usava. Os exemplos falam melhor: O professor argúi o aluno. / Os meninos argúem os pais. / Por favor, averigúe se há alguém me esperando. Essas formas verbais não possuem mais acento, ficando assim: argui, arguem, averigue.
É bom lembrar que a pronúncia das palavras, mesmo sem os acentos gráficos, continua a mesma. A REFORMA ATINGIU APENAS A LINGUAGEM ESCRITA.
Outra coisa: Fora essas modificações, as regras de acentuação continuam em vigor.
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