Primeira turma da AMAN com cadetes mulheres recebe o Espadim

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A réplica reduzida da espada de Caxias representa os valores e as tradições militares

Brasília, 18/08/2018 – A manhã deste sábado (18) imprimiu novo capítulo na história do Exército Brasileiro. A Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), reconhecido estabelecimento de ensino militar em Resende (RJ), realizou a cerimônia de entrega de espadins a 418 cadetes do Curso Básico (primeiro ano). Entre eles, estavam 30 mulheres pioneiras na linha bélica da Força.

A cópia fiel reduzida da espada de campanha do Duque de Caxias, símbolo da honra militar, é entregue desde 1932 aos cadetes. Mas, a turma “Dona Rosa da Fonseca – Patrono da Família Militar” é a primeira da AMAN composta por homens e mulheres, e tem na lista dos dez primeiros colocados a presença de quatro delas.

A réplica reduzida da espada de Caxias representa os valores e as tradições militares

O ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, destacou que as jovens refletem os avanços no terreno da promoção da igualdade de oportunidades dentro da carreira militar. Lembrou que, visando entregar ao Brasil, profissionais com sólida formação acadêmica, física e moral, a AMAN não poupa esforços para promover as condições e infraestrutura condizentes com esse desafio. 

O cadete João Pedro foi o primeiro da turma Dona Rosa da Fonseca

O primeiro colocado da turma, João Pedro Castro Brum Silva Gomes, recebeu das mãos do ministro Silva e Luna o seu espadim. O gesto marca o início de uma longa carreira para os novos cadetes, de diferentes regiões do país e também de nações amigas (Arábia Saudita, Senegal, Paraguai, Guiana Inglesa, Vietnã e Timor Leste).
Em seguida, representando as mulheres da turma Dona Rosa da Fonseca, a cadete Milena Canestraro, primeira colocada do segmento feminino, recebeu do comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, o seu espadim.

A cadete Milena foi a representante do sexo feminino entre os primeiros colocados

Ao lado dos seus pais, emocionada, falou sobre sua origem e o orgulho por estar na cerimônia. “Embora eu seja filha de civis, eu vim do Colégio Militar, e quando eu era pequena não tinham vagas para as mulheres. Eu olhava a formatura e não imaginava estar aqui um dia. Consegui, graças a Deus, e tive a oportunidade de entrar”, contou.

O ministro da Defesa enfatizou que os jovens “resolveram assumir uma profissão que é um sacerdócio, que exigirá dedicação exclusiva e disponibilidade permanente, esforço superlativo, prontidão de anjo da guarda e preparo próprio durante toda a vida”.

E completou: “optaram por renunciar a uma vida de maior conforto, para ingressar numa carreira desafiadora, fundada na hierarquia e disciplina, e na dedicação ao serviço da Pátria”.O espadim é símbolo da honra militar e distingue o cadete

O general Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves, comandante da AMAN, lembrou que a cerimônia reforça o compromisso estampado a leste do pátio da Academia: “Cadetes, ides comandar! Aprendei a obedecer!”. Referencial, destacou, que inspira o futuro líder do Exército.

Presentes à cerimônia do espadim também estavam o ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Sérgio Etchegoyen; a advogada-geral da União, Grace Mendonça; a procuradora-geral da República, Raquel Dodge; o ex-comandante do Exército, general Enzo Martins Peri; o diretor de Ensino da Marinha (representando o comandante da Marinha), almirante Silva e Lima; o diretor de Ensino da Aeronáutica (representando o comandante da Aeronáutica), brigadeiro Mesquita; oficiais generais da ativa e da reserva, autoridades dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

Veja mais sobre a cerimônia do Espadim: www.youtube.com/user/VideosDefesa

Por major Sylvia Martins
Fotos: Alexandre Manfrim/MD
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério de Defesa

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