Agência Brasil
A Federação Internacional de Futebol (Fifa) decidiu hoje (8) que o governo brasileiro terá um membro permanente no Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014. O representante será o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes. A decisão ocorreu na primeira reunião conjunta sobre os preparativos para o evento entre a Fifa, o COL e governo brasileiro que teve lugar na sede da federação na Suiça.
“As decisões e os encaminhamentos adotados de comum acordo entre a Fifa, o governo brasileiro e o COL ajudarão a superar obstáculos e desafios para realizarmos uma Copa do Mundo a altura da expectativa do Brasil e do mundo”, disse o ministro Aldo Rabelo em entrevista coletiva após cinco horas de reunião.
O comando do COL é do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin. Também fazem parte da equipe os ex-jogadores de futebol Ronaldo e Bebeto. O próximo encontro entre a Fifa e o COL está marcado para última semana de junho, no Brasil.
“Para usar uma imagem do futebol, é como se até aqui nós vínhamos operando numa mesma direção, mas numa espécie de combinado, reunindo jogadores de diferentes times. O saldo dessa reunião é que agora nós temos uma seleção integrada pelo governo brasileiro, CBF, COL e Fifa, para juntos termos maiores condições de superar os desafios”, disse o secretário executivo do ministério, Luis Fernandes.
De acordo com o ministro, após a reunião fortaleceu-se a convicção de que o grupo é capaz de superar os desafios para realização do evento “com harmonia e administrando nossas diferenças”. Rebelo disse que prefere “não olhar para trás”, referindo-se às divergências entre o governo e o Fifa, mas apenas “olhar para frente, para as decisões que foram adotadas hoje, no sentido de ajustar uma experiência que está em construção”. O ministro concluiu dizendo que os possíveis “desvios de rota” foram corrigidos.
Alvo da última polêmica envolvendo o governo brasileiro e a Fifa, o secretário executivo da federação, Jérôme Valcke, também participou do encontro. Diante da demora na votação da Lei Geral da Copa e de algumas obras de infraestrutura, Valcke declarou que o Brasil parecia estar mais preocupado em ganhar a competição do que em organizá-la. Disse ainda que o país precisava de “um chute no traseiro”, de acordo com interpretação do Ministério do Esporte brasileiro. Para Valcke, a frase, traduzida do francês, significava apenas que o país precisava de um “empurrão”.
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