Disputa pela presidência do Botafogo SA vai parar na Justiça

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Torcida Fiel Força Tricolor – Botafogo Futebol Clube – Ribeirão Preto SP | Ribeirão Prêto SP

Ex-diretor do São Paulo FC se recusa a nomear conselheiro indicado pelo Botafogo FC para o cargo

Assolados por dívidas e com as receitas em queda, muitos clubes de futebol do Brasil encontraram na formação de uma SAF (Sociedade Anônima de Futebol) um caminho para sobreviver. A relação entre investidores e conselheiros, contudo, nem sempre é harmoniosa. No Botafogo, time de Ribeirão Preto que disputa a série B do Campeonato Brasileiro e a elite do Paulista, a presidência da empresa que cuida do futebol colocou em lados opostos a diretoria da entidade e o empresário Adalberto Panzenboeck Baptista, ex-diretor de futebol do São Paulo Futebol Clube e dono da Trexx Investimentos, acionista minoritária da Botafogo Futebol SA.
Por contrato, cabe ao Botafogo Futebol Clube, sócio majoritário da empresa, com 60% das ações, a indicação do presidente da SA e aos investidores a presidência do Conselho de Administração da SA, cargo ocupado por Baptista, além da escolha do diretor administrativo e financeiro.
Desde dezembro, a presidência do Botafogo Futebol Clube tenta fazer com que o parceiro efetive a posse do advogado e jornalista Eduardo Augusto Schiavoni, indicado pelo Botafogo FC, para a função de presidente da SA.
Desde então, o conselho de administração da Botafogo SA, que deve dar a posse, realizou três reuniões. Em duas delas, segundo conselheiros, Adalberto Baptista afirmou que não acataria a nomeação feita pelo BFC, mas determinou que a recusa não constasse em ata.
O presidente do clube, Eduardo Esteves, enviou ofício ao Conselho de Administração da SA no final de março, cobrando a nomeação. Nova reunião do órgão foi realizada em abril sem que o assunto fosse sequer discutido.
Impedido de assumir a presidência, Schiavoni decidiu processar a Botafogo SA e seu principal investidor. “A postura dos investidores é de total desrespeito com a legislação e com instituição Botafogo. O estatuto e o acordo de acionistas são claros sobre a prerrogativa do clube de indicar o presidente”, afirma Schiavoni, que advoga em causa própria no processo.
O processo tramita no Juizado Especial Civil da Comarca de Ribeirão Preto, sob número 1017451-55.2023.8.26.0506.
Prejuízo
A ação também pede a responsabilização da pessoa física de Adalberto Baptista por lucros cessantes gerados ao autor da ação, já que o cargo é remunerado. A alegação é de que o imbróglio causa prejuízos financeiros, já que o cargo é remunerado.
Na ação, pede-se que a BFSA informe o salário do cargo de presidente executivo, bem como que a empresa e Adalberto Baptista sejam condenados ao ”pagamento de lucros cessantes no valor da remuneração mensal paga ao diretor-presidente da BFSA, pelo número de meses compreendidos entre a indicação do autor para o cargo, em dezembro de 2022, e sua efetiva posse”, diz um trecho da ação, que tramita na Justiça de Ribeirão Preto.

Pendenga
A disputa judicial e mais uma envolvendo a Botafogo SA, o Botafogo Futebol Clube e Adalberto Baptista. Há uma ação judicial em curso, movida por conselheiros do clube, questionando o negócio. A Trexx comprou participação de 40% na BFSA com um aporte de R$ 8 milhões em 2018.
Há, anda, outra ação em curso, na qual o próprio Botafogo FC questiona a transformação da Botafogo SA em SAF (Sociedade Anônima do Futebol), que teria ocorrido sem a anuência dos Poderes do clube.

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