O Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) divulgou hoje (29) o resultado da 9ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Entre os 6 mil medalhistas deste ano, Minas Gerais ficou em primeiro lugar, com 140 estudantes recebendo o ouro, 253 a prata e 1.199 o bronze.
São Paulo vem em seguida, com 109 medalhas de ouro, 183 de prata e 918 de bronze. O Paraná é o terceiro colocado, com 33 de ouro, 81 de prata e 323 de bronze. Em quarto lugar, aparece o Rio de Janeiro, com 54 medalhas de ouro, 78 de prata e 210 de bronze.
Este ano, 18 milhões de jovens participaram da primeira etapa, com o número recorde de 47 mil escolas de 99,35% dos municípios. De acordo com a coordenadora da Obmep, Mônica de Souza, todos os estados tiveram medalhistas. Este ano, 500 estudantes com as melhores notas serão premiados com a medalha de ouro, 900 ganharão a prata e 4.600 jovens receberão o bronze, além de 46 mil ganhadores de menções honrosas.
Monica informou que os medalhistas são convidados a participar do Programa de Iniciação Científica da Obmep e os professores, as escolas e as secretarias de educação com os melhores desempenhos também são premiados. Essas iniciativas contribuíram para envolvimento maior das escolas e professores com as entidades de ensino superior.
“Essa rede de colaboração foi dando incentivo e foi tendo um envolvimento maior do projeto em todos os níveis, o que foi muito bacana. A gente vê que a base dessa colaboração toda e essa interação entre os institutos de pesquisa, as universidades, onde estão os nossos coordenadores regionais, com o ensino básico, a escola pública, é uma relação muito frutífera, em que ambos aprendem bastante. Isso foi se solidificando”.
De acordo com a coordenadora, a partir da Obmep e das premiações, surgiram novas atividades nas escolas, como grupos de estudo e clubes de matemática, organizados por alunos e professores que acessam tarefas e gincanas no site da competição. “Fica uma forma divertida de interação entre eles e com o material que a gente manda. Fomos criando várias atividades a partir da demanda das escolas”.
Para o próximo ano, o desafio, segundo Mônica, será buscar os estudantes que participaram de edições anteriores para verificar a influência da competição e da iniciação científica na vida deles. “A gente está tentando acompanhar esses alunos, ver a trajetória desse aluno, quem foi esse aluno, o que ele está fazendo, como a Obmep fez a diferença na trajetória escolar ou acadêmica desse aluno. Vai ser um desafio bacana para 2014, nos dez anos da Obmep”.
Todos os medalhistas são convidados a participar do Programa de Iniciação Científica da Obmep. As aulas ocorrem em universidades de todo o Brasil, no total de 160 polos presenciais. O objetivo da competição é estimular o estudo da matemática nas escolas públicas e revelar talentos da área. A primeira edição da Olimpíada contou com a participação de 10,5 milhões de alunos de 31 mil escolas, divididos em três níveis: sexto e sétimo anos do ensino fundamental, oitavo e nono anos do ensino fundamental e primeiro, segundo e terceiro anos do ensino médio.
Agência Brasil