O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, a maior premiação do cinema nacional, chega este ano à sua décima edição com uma lista de indicados que reflete a diversidade da atual produção cinematográfica do país. A festa de premiação está marcada para 31 de maio, às 21h, no Teatro João Caetano, na Praça Tiradentes, no centro da capital fluminense. O evento é organizado pela Academia Brasileira de Cinema e terá a presença de 1.200 convidados.
Inspirado em premiações do mesmo tipo da indústria cinematográfica de outros países, como o Oscar norte-americano e o Cesar, da França, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro contempla todas as categorias envolvidas na produção de filmes. Este ano, os indicados para melhor longa-metragem de ficção são os filmes Cinco vezes Favela, agora por nós mesmos, Chico Xavier, Olhos Azuis, Tropa de Elite 2 e Viajo porque preciso, volto por que te amo. Para melhor longa documentário, concorrem Dzi Croquettes, O Homem que engarrafava nuvens, José e Pilar, Uma noite em 67 e Rita Cadillac – a Lady do Povo, e para melhor longa infantil, A Casa Verde, Eu e meu Guarda Chuva e High School Musical – O Desafio.
Além desses, são mais 21 prêmios, para as categorias melhor diretor, ator, atriz, ator coadjuvante, atriz coadjuvante, direção de fotografia, direção de arte, figurino, maquiagem, efeitos visuais, roteiro original, roteiro adaptado, montagem ficção, montagem documentário, som, trilha sonora, trilha sonora original, curta-metragem ficção, curta-metragem documentário, animação, e longa-metragem estrangeiro. A relação completa dos finalistas está disponível no site www.academiabrasileiradecinema.com.br .
Para o presidente da academia, cineasta Roberto Farias, o prêmio “é bom para a autoestima do cinema brasileiro, porque é atribuído pelos próprios cineastas e outros profissionais da classe, de forma muito democrática”. Votam os quase 300 sócios da academia, todos de alguma forma ligados ao processo de produção de filmes – diretores, produtores, roteiristas, atores, técnicos, entre outros.
Os filmes brasileiros lançados no ano anterior são automaticamente concorrentes ao prêmio. A votação é feita pela internet, em duas fases, e cada membro da academia recebe uma senha. Na primeira fase são escolhidos, entre todos os filmes lançados, os indicados para cada categoria, e na segunda, os melhores entre os indicados. Os votos seguem para a empresa de auditoria Price Waterhouse, e só no dia da premiação, na abertura do envelope, é que os vencedores são conhecidos. “Nem o presidente ou qualquer membro da academia sabe quem é o ganhador”, disse Farias.
Otimista com a atual fase do cinema brasileiro, Roberto Farias considera que as dificuldades de mercado para o filme nacional, como a distribuição e exibição, são problemas que aos poucos vão sendo solucionados. “O cinema brasileiro tem aumentado enormemente sua participação no mercado, e as salas de exibição estão paulatinamente voltando ao que era”, disse, lembrando que de três mil salas nos anos 1960 o país chegou a ficar com apenas 600 na época do governo Collor. “Agora recuperamos grande parte desse déficit e já temos mais de duas mil salas no país”.
A festa deste ano terá uma homenagem especial ao casal Luiz Carlos e Lucy Barreto, produtores que fazem parte da história do cinema brasileiro. O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro tem o apoio da Agência Nacional de Cinema (Ancine) e o patrocínio do governo do estado e da prefeitura do Rio de Janeiro, por meio de sua empresa de produção e distribuição de filmes, a Riofilme.
Agência Brasil