O percentual de pessoas consideradas pobres – com rendimento domiciliarper capita de até R$ 70 – era maior, em 2010, nos municípios de médio porte, que têm entre 10 mil e 50 mil habitantes. Enquanto a média em todo o país de brasileiros nessa condição era de 6,3%, nessa parcela de municípios ela atingiu o dobro, 13,7%. Além disso, metade dos moradores das cidades de médio porte vivia com até ½ salário mínimo per capita (R$ 205).
A constatação é dos Indicadores Sociais Municipais do Censo Demográfico 2010, divulgado hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento faz uma análise do Censo, focando em temas como aspectos demográficos, educacionais, de saneamento e do perfil de distribuição dos rendimentos para os municípios brasileiros.
O estudo aponta também que nos municípios maiores, com população superior a 500 mil habitantes, a incidência da pobreza é menor. Neles menos de 2% dos habitantes tinha até R$ 70 de rendimento per capita e cerca de ¼ vivia com até ½ salário mínimo.
Entre as capitais, Macapá tinha a maior proporção de pessoas vivendo nessa situação de pobreza, 5,5% do total. Com até ¼ do salário mínimo (R$ 127,50), viviam na capital do Amapá 16,7% dos habitantes. Os melhores indicadores foram observados em Florianópolis. Na capital catarinense, apenas 0,3% da população vivia com rendimento domiciliar per capita de até R$ 70 e 1,3% com até ¼ do salário mínimo.
Considerando apenas as capitais das regiões Sul e Sudeste, o Rio de Janeiro registrou os maiores percentuais de pessoas nessas condições. Na capital fluminense, 1,1% apresentava rendimento domiciliar per capita de até R$ 70 e 4,5% viviam com até ¼ do salário mínimo.
Agência Brasil